Portugal: Partidos fixam prazo de uma semana para tentar compromisso

Mundo Lusíada
Com Lusa

PassosCoelho_PrimeiroMinistroPSD, PS e CDS-PP iniciaram as conversações em 14 de julho e fixaram o prazo de uma semana para “dar boa sequência aos trabalhos previstos para a procura de um ‘Compromisso de salvação nacional'”, pedido pelo Presidente da República.

“O processo de diálogo interpartidário começou com os representantes do PSD, PS e CDS-PP, tendo-se discutido a metodologia de trabalho e fixado o prazo de uma semana para dar boa sequência aos trabalhos previstos para a procura de um ‘Compromisso de salvação nacional'”, referem comunicados iguais enviados pelos três partidos.

O comunicado surge poucas horas depois de serem conhecidos os nomes escolhidos por cada um dos partidos para as negociações com vista ao compromisso de salvação nacional, tendo o PSD indicado o seu primeiro vice-presidente, Jorge Moreira da Silva, o PS o deputado e dirigente Alberto Martins, e o CDS-PP o ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares.

Em 12 de junho, os grupos parlamentares do PS e do PSD indicaram à presidente da Assembleia da República o professor de Direito José Francisco de Faria Costa como candidato ao cargo de Provedor de Justiça. Esta decisão foi anunciada através de uma nota divulgada pela assessoria de imprensa do PS.

No dia 10, o Presidente português fez uma comunicação ao país, na qual propôs um acordo de médio prazo entre a maioria PSD/CDS-PP e o PS que assegure o apoio às medidas necessárias à conclusão do programa de resgate a Portugal que esses três partidos subscreveram, prevista para junho de 2014, e o regresso ao financiamento do Estado português nos mercados no início desse ano.

Segundo o Presidente Cavaco Silva, o acordo entre PSD, PS e CDS-PP “terá de estabelecer o calendário mais adequado para a realização de eleições antecipadas” no pós-troika, a partir de junho de 2014. O chefe de Estado pretende ainda que esse acordo tripartido, a que chamou “compromisso de salvação nacional”, inclua um comprometimento “entre os três partidos que assegure a governabilidade do país” após as próximas legislativas.

Esse “entendimento político” entre PSD e CDS-PP prevê uma remodelação governamental, com Paulo Portas a assumir funções de vice-primeiro-ministro, relativamente à qual o Presidente da República não esclareceu, na sua comunicação, o que pretende fazer.

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