Polêmica do Ministro da Economia

De acordo com o jornal, seria “previsível” que em Portugal a referência sobre os baixos salários não fosse apreciada, dita num país que faz justamente dos “baixos ordenados um dos seus trunfos na economia global”.

Manuel Pinho usou ainda, como vantagens para investimento em Portugal, a "segurança e estabilidade política", os "bons portos e boas vias rodoviárias", o investimento na qualificação dos cidadãos e das relações "privilegiadas" no continente africano e no Brasil, divulgou o JN.

Segundo o presidente da Agência Portuguesa para o Investimento (API), Basílio Horta, a afirmação do ministro da economia foi feita num contexto de atrair o investimento dos chineses, disputado por outros países da Europa. "Quando temos de atrair um investimento indiano num setor importante para nós, que está hesitante entre ir para Portugal ou para a Irlanda, devemos dizer que os nossos custos salariais são mais altos ou que os custos de localização são mais baixos?", questionou.

Segundo informações do Diário de Notícias, o próprio ministro Manuel Pinho acusou outros partidos de tratar a questão com “má-fé”, afirmando que ele defendeu “um modelo de salários baixos em Portugal, mas qualquer pessoa minimamente inteligente compreende que não foi isso que fiz", disse.

José Sócrates classificou como "absurdas" e "injustificadas" as críticas feitas pela oposição e sindicatos ao ministro da Economia, em 02 de fevereiro, dizendo que Manuel Pinho apresentou “cinco boas razões” para atrair investimento. Para o primeiro-ministro, "confundir" a afirmação com "a idéia de que o Governo defende um modelo de baixos salários em Portugal é um absurdo". "Que os sindicatos e os partidos da oposição critiquem o Governo quando tiverem razão para isso, mas neste caso não têm a mínima razão", reforçou, partilhando do ponto de vista do ministro de que é bom que "as empresas mais avançadas do mundo ao nível tecnológico prefiram Portugal para investir".

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