PCP quer “programa de emergência” para a saúde pública em Portugal

A política das ‘troikas’, levada a cabo pelo Governo do PSD/CDS, está tendo um impacto gravíssimo na saúde dos portugueses, segundo o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa.

Da Redação
Com Portugal Digital

 

O Partido Comunista Português (PCP) quer que seja adotado um “programa de emergência da saúde” para proteger a vida dos portugueses, considerando que os cortes orçamentais e a política para o setor estão dificultando o acesso aos cuidados e piorando a sua qualidade.

“A política das ‘troikas’, levada a cabo pelo Governo do PSD/CDS, está tendo um impacto gravíssimo na saúde dos portugueses”, afirmou o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, durante uma conferência de imprensa em Lisboa sobre a situação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), citado pela rádio TSF.

O líder comunista disse que a política actual dificulta o acesso aos serviços de saúde, havendo já “vários indicadores” que confirmam uma redução significativa na prestação de cuidados, “inseparável da redução muito significativa dos meios financeiros disponibilizados para o SNS”, como os números de cirurgias e das listas de espera, as comparticipações de medicamentos ou o transporte de doentes.

“Uma situação que exige, do ponto de vista do PCP, um programa de emergência para a proteção da saúde e da vida dos portugueses que deverá integrar” diversas medidas, defendeu Jerónimo de Sousa, enumerando, entre outras, “o reforço da dotação financeira para o SNS” e a “eliminação total, geral e universal das taxas moderadoras, designadamente para todas as consultas e exames complementares de diagnóstico e terapêutica praticados no SNS ou em entidades com ele convencionados”.

O PCP quer ainda que “a revogação do novo regulamento de transporte de doentes não urgentes e a renegociação ou denúncia das parcerias público-privadas”, com a “integração de toda a rede hospitalar no quadro do setor público administrativo”.

Outra proposta comunista é “estabelecer para um horizonte temporal até 2020 convenções com entidades do setor social e privados para assegurar o acesso a consultas, a meios complementares de diagnóstico e terapêutica e a cuidados continuados no domicílio ou internamento, na situação em que esta seja a solução para resolver problemas de proximidade ou de incapacidade de resposta do SNS”.

O PCP considera prioritária “a resolução dos problemas que se verificam nos cuidados primários, onde residem as principais dificuldades no acesso aos cuidados de saúde”. Neste sentido, entende que se devem restabelecer “os concelhos como base de organização administrativa dos cuidados primários e dotá-los dos meios financeiros, técnicos e humanos” adequados.

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