Para Portugal, avaliação da ONU incentiva plano de imigração

No Relatório de Desenvolvimento Humano 2009, Portugal é destacado como exemplo de boas práticas em matéria de integração.

Da RedaçãoCom Lusa

 

O ministro português da Presidência, Pedro Silva Pereira, considerou em declarações à Agência Lusa, que a “avaliação positiva” das Nações Unidas da política de imigração portuguesa é “um incentivo a fazer mais”. Ele, como ministro da Presidência que tem a tutela da Imigração, comentou o Relatório de Desenvolvimento Humano 2009 “Ultrapassar Barreiras: mobilidade e desenvolvimento humanos” – divulgado em 05 de outubro.

No relatório, Portugal é destacado como exemplo de boas práticas em matéria de integração e é citado como um dos países onde os cuidados de saúde "estão acessíveis a todos imigrantes, independentemente do estatuto legal". Além de destacar que Portugal é um dos "países desenvolvidos" onde é possível prolongar "licenças temporárias" e onde a população está menos preocupada com os custos para o Estado resultantes da presença de migrantes.

Segundo o ministro, é “muito importante” que esta avaliação positiva da política de imigração portuguesa possa contribuir para que esta “atitude positiva humanista” seja um referencial para o futuro da política da imigração na Europa.

A política de imigração portuguesa enfrenta “um grande desafio” que é o do ensino da língua portuguesa, defendeu o ministro, explicando que atualmente a imigração em Portugal já não é exclusivamente originária de países de língua oficial portuguesa. Para ultrapassar as barreiras da língua, que representa um aspecto decisivo para os emigrantes, foi criado o programa “Português para todos” ao abrigo de fundos comunitários.

No plano social foi lançado a quarta geração do “Escolhas", programa de intervenção em bairros difíceis e deprimidos em termos sócio-econômicos, segundo apontou o ministro Pedro Silva Pereira.Língua portuguesa na UnescoOs países lusófonos apresentaram na sexta-feira do dia 09, em Paris, uma proposta para que o português seja língua de trabalho da Unesco, disse à Agência Lusa o embaixador de Portugal na organização, Manuel Maria Carrilho. A proposta foi apresentada pelas sete delegações lusófonas à Conferência Geral da Unesco, a organização para a Educação, Ciência e Cultura das Nações Unidas.

A proposta do bloco lusófono foi discutida e aprovada, numa reunião em que participaram os diplomatas que representam os cinco países africanos de expressão oficial portuguesa (Palop), além de Brasil e Portugal.

A proposta salienta que o português "é hoje falado por mais de 250 milhões de pessoas". E que "já é língua de trabalho na União Europeia, na União Africana e nas cúpulas Ibero-Americanas". A proposta conjunta dos sete países faz um apelo à nova diretora-geral da Unesco, a diplomata búlgara Irina Bukova, recentemente escolhida pelos 193 membros da organização numa eleição muito disputada, e que já declarou que respeita "muito a língua de Camões e de Jorge Amado".

O custo da adoção do português como língua de trabalho na Unesco está calculado em US$ 5 milhões. "O Brasil assume uma parte substancial do custo deste projeto para o primeiro biênio", adiantou Manuel Maria Carrilho chefe da missão diplomática portuguesa junto da organização.

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