ONU espera que OMC retome rodada ainda este ano

Em conversa telefônica com diretor-geral, Pascal Lamy, Ban Ki-moon lamentou falta de acordo, mas disse que permanece otimista.

Por Mônica Villela Grayley Da Rádio ONU em Nova York

 

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, lamentou o resultado das negociações da Rodada de Doha, interrompidas sem acordo, na terça-feira 29 de julho, em Genebra, na Suíça.

Ban conversou, por telefone, com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, OMC, Pascal Lamy, e disse que espera que a Rodada de Doha possa ser retomada ainda este ano.

Numa nota, Ban disse que estava preocupado com o efeito do impasse sobre os países em desenvolvimento. Mas afirmou que continua otimista.

A Rodada de Doha, iniciada em 2001, pretende liberalizar o comércio mundial. A última tentativa de revitalizar as negociações terminou na terça-feira após desentendimentos sobre regras de importação.

Segundo o diretor-geral da OMC, os países concordaram com 18 dos 20 tópicos da agenda.

Ban Ki-moon disse que o sucesso das negociações seria importante, principalmente, num momento em que o mundo enfrenta grandes desafios incluindo mudanças climáticas, pobreza, crises alimentar e econômica além de um aumento do protecionismo dos mercados.

Sem Acordo As conversações da Organização Mundial do Comércio, OMC, terminaram em Genebra sem terem sido alcançados os resultados desejados.

Antes do anúncio do diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, confirmando o insucesso das conversações, a assessora de imprensa da OMC, Janaína Borges, falou à Rádio ONU, a partir de Genebra, e disse que segundo o diretor da OMC, o comércio faz parte da solução da crise alimentar mundial.

"O comércio de alimentos é bastante restrito por barreiras comerciais e essas restrições, elas afetam a produção em países em desenvolvimento. Parte dos países em desenvolvimento poderiam ter hoje uma produção muito maior se o comércio nesse setor fosse um pouco mais aberto, um pouco mais transparente", disse.

A ronda de Doha foi lançada no Catar em 2001 e era vista como a chave para o futuro do comércio global.

Segundo agências de notícias, os Estados Unidos e a União Européia pretendem mais acesso às economias emergentes, incluindo a China e Índia, a fim de oferecerem serviços.

Por outro lado, os países em desenvolvimento pretendem mais acesso ao mercado europeu e norte-americano para os seus produtos agrícolas.

A primeira semana de negociações foi marcada por um otimismo relativo até à emergência de obstáculos entre os Estados Unidos, a Índia e a China.

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