OMS afirma que é possível conter propagação do novo coronavírus

Da Redação
Com EBC

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a instituição considera como mais preocupantes os surtos do novo coronavírus na Coreia do Sul, Itália, no Irã e Japão.

Em entrevista nessa segunda-feira em Genebra, o chefe da OMS manifestou preocupação, mas insistiu que os surtos poderão ser contidos.

Tedros informou que uma equipe da OMS chegou ao Irã para entregar suprimentos médicos e dar apoio às autoridades locais para combater o surto. O país tem registrado o maior número de mortes em consequência do vírus fora da China continental.

O diretor-geral falou sobre cerca de oito países que não registraram novos casos em duas semanas. Acrescentou que esses países têm sido capazes de conter os surtos.

Tedros afirmou que o número de novos casos de infecção na China está diminuindo. Para ele, esse fato indica que é possível conter a propagação, mesmo em áreas onde há grande número de casos.

Japão
Uma equipe de especialistas japoneses afirmou que existe uma possibilidade de que pessoas com sintomas leves estejam involuntariamente disseminando o novo coronavírus no Japão, e por isso devem evitar locais fechados nos quais a ventilação não seja adequada.

Especialistas, que fazem parte da força-tarefa do governo japonês criada para lidar com o surto do Covid-19, anunciaram suas conclusões sobre a situação atual, como também as medidas que devem ser tomadas. De acordo com a publicação, descobriu-se recentemente a possibilidade de que jovens que apresentam apenas sintomas leves sejam os principais disseminadores do vírus, sem se dar conta, em locais de grande aglomerações de pessoas.

Segundo a equipe, cerca de 80% das pessoas infectadas não transmitem o vírus. Os pesquisadores, no entanto, também indicam a existência de diversos casos em que uma única pessoa infectou várias outras, por meio de contato próximo em locais fechados, como shows ao vivo, academias de esportes e restaurantes que oferecem serviço de buffet.

A equipe analisou a situação na província de Hokkaido, no Norte do Japão, que atualmente apresenta o maior número de casos no país. De acordo com as descobertas feitas pelos especialistas, há grande risco de contágio em áreas urbanas, onde pessoas ativas social e economicamente costumam conviver em grande número.

Segundo a equipe, evitar tais locais nas próximas duas semanas pode contribuir na contenção do surto. Os especialistas estão pedindo que as pessoas evitem sair de casa, caso apresentem sintomas leves de resfriado comum, como também evitem eventos realizados em locais com ventilação insuficiente ou onde pessoas se comunicam com grande proximidade.

De acordo com os pesquisadores, o risco de infecção será menor se as pessoas optarem por atividades realizadas ao ar livre ou que envolvam o mínimo possível de contato com outros indivíduos. Eles recomendam ainda manter uma distância no comprimento de um braço ao conversar com outras pessoas.

Coreia
Além de 2.943 mortos na China, houve óbitos no Irã, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, San Marino e Filipinas.

As autoridades de saúde da Coreia do Sul anunciaram, neste dia 3, 600 novos casos de contaminação pelo novo coronavírus, elevando para 4.812 as pessoas infectadas no país, onde já morreram 28 pacientes.

Os números divulgados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças Contagiosas da Coreia (KCDC) calculam todos os casos que ocorreram entre meia-noite de domingo e segunda-feira (2), quando foram registradas seis novas mortes.

A cidade de Daegu e a província vizinha de Gyeongsang do Norte, o epicentro do surto no país, ficaram com a grande maioria dos novos casos, 580 dos 600 em todo o país. Essa região tem um total de 4.285 infecções, 89% de todas as que ocorreram na Coreia do Sul desde que o vírus foi detectado no país no dia 20 de janeiro.

Cerca de 60% das infecções em todo o território nacional estão ligadas à seita cristã Shincheonji, cuja sede é em Daegu, onde foram realizadas várias missas no início de fevereiro.

Para combater a saturação da saúde na região sudeste, o governo sul-coreano começou a classificar os novos infectados em quatro grupos, a fim de diferenciar entre as condições clínicas mais e menos graves e, assim, priorizar a hospitalização dos casos mais graves.

No resto do país, apenas 20 casos foram detectados na segunda-feira, e Seul foi a área com mais ocorrências: sete. Até meia-noite da segunda-feira, o KCDC mantinha 35.555 pessoas em quarentena, aguardando resultados.

O surto de Covid-19, que pode causar infecções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.100 mortes e infectou mais de 90.300 pessoas em 70 países e territórios, incluindo duas em Portugal.

Das pessoas afetadas, 48 mil se recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países. Além de 2.943 mortos na China, onde o surto foi detectado em dezembro, há registro de mortes no Irã, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, San Marino e Filipinas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco “muito elevado”.

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