Na 24ª fase da Lava Jato, Polícia Federal detém Lula para esclarecimentos

Polícia Federal em frente ao apartamento de Lula em São Bernardo do Campo. Foto Mundo Lusíada
Polícia Federal em frente ao apartamento de Lula em São Bernardo do Campo. Foto Mundo Lusíada

Da Redação
Com agencias

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira a 24ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Aletheia. O objetivo é dar continuidade às investigações de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros praticados por diversas pessoas no contexto do esquema criminoso revelado e relacionado à Petrobras.

Em nota, a PF informa que cerca de 200 policiais federais e 30 auditores da Receita Federal cumprem 44 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para a delegacia a fim de prestar depoimento e depois é liberada. As medidas estão sendo cumpridas nos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e da Bahia. A operação também inclui buscas em Guarujá, Diadema, Santo André, Manduri e Atibaia.

Segundo a PF, a casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e o Instituto Lula são alvos da operação. A operação recebeu o nome de Aletheia em referência a uma expressão grega que significa busca da verdade.

O ex-Presidente é alvo de um dos mandados de detenção e será obrigado a prestar esclarecimentos, segundo o delegado Igor Romário de Paula. A imprensa do país e de vários países divulgam a notícia do ex-Presidente Lula ser hoje detido pela Polícia Federal brasileira.

De acordo com o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que faz parte do grupo de trabalho da Lava Jato em Curitiba, entre 2011 e 2014 seis empresas envolvidas nos escândalos de corrupção da Petrobras teriam doado 20 milhões de reais ao Instituto Lula.

Essas empresas citadas pelo procurador são a Camargo Corrêa, Odebrecht, UTC, OAS, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez. Destas seis, cinco também teriam pagado outros 10 milhões de reais por palestras dadas pelo ex-presidente.

Vazamentos

em 03 de março, a presidente Dilma Rousseff disse em comunicado repudiar o vazamento de uma suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), divulgada pela revista IstoÉ. Por meio de uma nota à imprensa, assinada pessoalmente pela presidente, Dilma Rousseff considerou ser “justo” que o teor seja de conhecimento da sociedade se a delação existir e tiver autorização da Justiça.

“Os vazamentos apócrifos, seletivos e ilegais devem ser repudiados e ter sua origem rigorosamente apurada, já que ferem a lei, a justiça e a verdade”, escreveu a presidenta.

Segundo a revista IstoÉ, o senador fez acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato, que inevstiga esquema de corrupção na Petrobras. Nos depoimentos, Delcídio teria dito que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

Dilma inicia o comunicado dizendo que todas as ações de seu governo têm se pautado pelo respeito aos “direitos individuais”, o “combate à corrupção” e compromisso com “o fortalecimento das instituições de Estado”. Segundo ela, o governo federal cumpre “rigorosamente” o que estipula a Constituição Federal.

“Se há delação premiada homologada e devidamente autorizada, é justo e legítimo que seu teor seja do conhecimento da sociedade. No entanto, repito, é necessária a autorização do Poder Judiciário. Repudiamos, em nome do Estado Democrático de Direito, o uso abusivo de vazamentos como arma política. Esses expedientes não contribuem para a estabilidade do País”, defendeu.

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