Mesmo com deputados contra, cassação de Renan é votada em sessão secreta

 

Mundo Lusíada Com Agencias

Antônio Cruz/ABr

Confusão na entrada do plenário do Senado, envolvendo deputados e seguranças do Congresso, gerada por conta da decisão da Justiça de permitir a participação de apenas 13 deputados, dos 513, na sessão de decisão sobre cassação do presidente da Casa, Renan Calheiros.

A sessão fechada sobre voto de cassação do presidente do Senado Federal Renan Calheiros, iniciou com o uso da palavra dos senadores discutindo, em plenário, sobre o fechamento ou adiamento da sessão.

Apesar de tantas solicitações dos deputados, o vice-presidente da Casa que preside a sessão, Tião Viana, transformou a sessão em secreta. Foi permitido apenas que senadores, a secretária-geral da Mesa, Cláudia Lyra, um assessor e os advogados de defesa (Renan Calheiros) e acusação (Heloísa Helena-PSOL) permaneçam no local.

Na abertura da sessão, que permaneceu aberta até o momento da votação, tornando a ser publica apenas no anúncio dos resultados, o senador José Agripino (Democratas-RN) afirmou que fatos como este denigrem a imagem do Senado. “Se a sessão fosse aberta nada disso teria acontecido, nenhum desconforto entre Câmara e Senado teria ocorrido”.

O senador Cristóvam Buarque defendeu que mesmo que secreta, a sessão seja gravada e guardada “durante quantos anos quiserem, mas para que um dia a população conheça o que aconteceu”. O senador Papaléo Paes questionou falta de decoro parlamentar de deputados e saiu em defesa dos seguranças, contra a sessão fechada. “Quero repudiar qualquer ação contrária aos seguranças, temos que apoiá-los (…) se alguém tem que ser punido é o senhor presidente que deu a ordem”.

O senador Magno Malta (PR-ES) estranha a sessão fechada, dizendo que o voto em si já é fechado, e que não há necessidade de "duas coisas fechadas ao mesmo tempo".

Para o senador Álvaro Dias, o regimento do Senado merece uma discussão mais aprofundada. E ainda, a questão da sessão secreta atrapalha os trabalhos dos senadores, propondo uma reforma do regimento para oferecer “respostas mais rápidas”.

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