Marcelo encerra campanha em Celorico de Basto, e PS rejeita divergências em apoios a Belém e Nóvoa

Mundo Lusíada
Com agencias

MarceloRebeloSousaO candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa encerra sua campanha em Celorico de Basto, terra da sua avó Joaquina, no distrito de Braga, onde lançou a sua candidatura, dia 9 de outubro.

Na sexta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa tem sessão pública em Braga, ao final do dia, seguindo depois para Celorico de Basto, a cerca de 65 quilômetros de distância, para a sua última iniciativa de campanha.

Até quarta-feira, o social-democrata, que tem recomendações de voto do PSD e do CDS-PP, vai estar pela área metropolitana de Lisboa – na terça-feira participará na RTP num debate com todos os outros candidatos a Presidente. Na quinta-feira, deverá passar o dia no distrito do Porto.

Na altura da candidatura, declarou que se candidatava a Presidente da República para cumprir o “dever moral” de pagar ao país o que dele recebeu, e “com o desprendimento exigido de quem não precisa de lugares, de promoções ou de popularidade”.

PS rejeita divergências
O presidente dos socialistas rejeitou a existência de divergências que afetem a coesão do partido, considerando que existiriam se o PS expressasse apoio a um dos candidatos da área socialista, mas reconheceu uma tendência maior de apoio a Sampaio da Nóvoa.

“Não sendo uma posição formal do Partido Socialista, resta que todos os seus dirigentes e todos os seus militantes livremente assumam a sua opção”, afirmou Carlos César.

Carlos César reiterou que a sua opção é apoiar Sampaio da Nóvoa, considerando, contudo, que “a vitória que importa salvaguardar é, justamente, a de um candidato que assegure a estabilidade do país, que assegure a continuidade da mudança resultante da confiança que é dada ao novo Governo pela maioria da Assembleia da República”, declarou.

Belém em condições para vencer
MariaBelem_EleicoesSegundo o antigo ministro da Justiça, Vera Jardim, Maria de Belém está em “melhores condições para vencer Marcelo do que Nóvoa”. Crítico de Sampaio da Nóvoa, Vera Jardim não tem dúvidas de que a sua candidata está bem posicionada para conseguir chegar a Belém.

Em entrevista ao jornal i, o antigo governante referiu que a grande vantagem da ex-ministra da Saúde é a sua “capacidade de penetrar noutros setores da sociedade portuguesa” disse, acrescentando que o ex-reitor é um candidato “mais à Esquerda”, enquanto Maria de Belém “é de Centro-Esquerda”.

É sem mágoas que Maria de Belém espera chegar à Presidência da República. O fato de ter entre socialistas apoiantes seus e de Sampaio da Nóvoa, não a preocupa. “A indicação que há é a de que o candidato que passar à segunda volta poderá ter o apoio do PS”, realça a candidata em entrevista ao Diário Económico, admitindo que “sim”, gostava de ter ao seu lado “António Costa como outras pessoas”.

Apesar da expectativa, Maria de Belém realça que a independência de um candidato não depende de ter ou não o apoio do partido. “Tivemos dois presidentes militantes de um partido que foram independentes”, destaca.

Austeridade

O candidato às eleições presidenciais, Sampaio da Nóvoa (C), cumprimenta elementos dos grupos de cante alentejano à chegada a Aljustrel, onde almoçou com apoiantes, em Aljustrel, 13 de janeiro de 2016. ESTELA SILVA/LUSA

O candidato presidencial Sampaio da Nóvoa alertou para o efeito da eleição de quem apoiou a austeridade e de quem esteve confortável com os momentos em que o atual Presidente da República se demitiu de defender a Constituição.

“Se queremos voltar a ter um Presidente que valoriza a coesão do todo nacional, que se empenha na solidariedade e na construção de um país mais justo, não podemos ignorar o efeito que teria a eleição de quem sempre apoiou a austeridade, fez campanha por quem defendeu a austeridade e é apoiado por quem continua a insistir na austeridade”, afirmou António Sampaio da Nóvoa, nos Açores.

Sem nunca referir nomes, o candidato criticou ainda quem considera que para as eleições de domingo está tudo decidido. “Fazer de conta, como muitos fazem, que está tudo decidido, que a campanha eleitoral pouco interessa e que tudo não passa de uma formalidade é, permitam-me a dureza da expressão, desrespeitar os eleitores, desconsiderar os cidadãos, apoucar os portugueses”, afirmou.

No discurso, onde destacou a importância dos Açores na história do país, o antigo reitor abordou a qualidade da autonomia, Sampaio da Nóvoa, cujo pai foi ministro da República na região, disse que Cavaco Silva “perdeu de vista a sua missão unificadora e conciliadora”, assinalando que “onde deveria ter havido cooperação institucional, houve acrimónia” e “onde deveria ter havido lealdade, houve dramatização”.

Assegurando que agirá de “maneira completamente diferente”, o candidato observou que no Portugal democrático “não há espaço para ideias tutelares sobre quaisquer regiões ou sobre as suas instituições”.

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