Mar e indústrias criativas são saídas para Portugal, diz presidente

"É a saída de jovens com talento para o estrangeiro que pode fazer de Portugal um país periférico", alertou o Presidente da República no discurso do 25 de Abril.

Mundo Lusíada Com Portugal Digital

 

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O Presidente de Portugal, Cavaco Silva, apontou o potencial econômico do mar e do desenvolvimento de indústrias criativas na região Norte do país como motivos de esperança para Portugal e vias de saída da crise. A mensagem do chefe de Estado foi passada durante o discurso nas comemorações oficiais do 25 de Abril, na Assembleia da República.

"Temos de repensar a nossa relação com o mar. O mar é um ativo econômico maior do nosso futuro", assinalou Cavaco Silva, referindo em concreto os setores dos transportes marítimos e dos portos (para os quais pediu maior competitividade fiscal), bem como o aproveitamento de energia a partir do mar, a indústria de reparação naval e o turismo.

Além de sublinhar que "o mar deve tornar-se uma verdadeira prioridade da política nacional", Cavaco Silva destacou o potencial da cidade do Porto e da região Norte do país para o desenvolvimento de indústrias criativas e culturais, aliando a tradição e a modernidade, que possam, também elas, projetar economicamente o país para o crescimento.

Cavaco Silva terminou o seu discurso com a expressão "esperança" associada a um Portugal que, minutos antes, era no seu discurso fonte de preocupações diversas. "O 25 de Abril foi feito em nome da liberdade e de uma sociedade mais justa e solidária. Será aí que o balanço de três décadas de democracia se revela menos conseguida", afirmou Cavaco Silva. Segundo ele, "persistem desigualdades sociais e situações de pobreza e exclusão" e que continua a haver "casos de riqueza imerecida que nos chocam".

O presidente ainda citou que há hoje três milhões de portugueses já nascidos depois do 25 de Abril de 1974 e que não viveram a revolução, sublinhando que "a prova de que se acumulam dúvidas quanto ao futuro do país está no número de jovens que partem” afirmou, sublinhando um potencial que “o país não pode desperdiçar", no caso da saída de jovens com talento para o estrangeiro que podem fazer de Portugal um “país periférico”.

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