Lula quer integração religiosa na América Latina

Durante seu programa de rádio semanal, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse que o continente precisa, não só de uma integração energética e social, como também religiosa. Lula conversou sobre o assunto com o Papa Bento XVI, durante a sua visita de cinco dias à São Paulo. “Conversei com o Papa sobre a necessidade da integração religiosa na América Latina, porque a Igreja Católica na América Latina também tem um peso muito importante. Nós estamos, já há algum tempo, falando em integração da América Latina, integração cultural, integração social, integração energética, integração de ferrovia, tudo. É importante que haja uma integração religiosa”, afirmou.

 

Ricardo Stuckert/PR

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o papa Bento XVI, durante encontro reservado no Palácio dos Bandeirantes em São Paulo.

Para ele, o Estado Laico – separado da Igreja – é a melhor forma de respeitar todas as religiões existentes no país. “É importante que a gente tenha sempre como princípio aqui no Brasil respeitar as mais diferentes religiões existentes. Tem muitas religiões no Brasil. Nós precisamos conviver com todas elas da forma mais respeitosa e mais democrática possível. Portanto, eu estou convencido de que o Estado laico é uma garantia da sustentação democrática também para o Brasil”.

O Papa Bento XVI chegou ao Brasil na quarta 09 de maio, e primeiramente cumprimentou o presidente Lula da Silva. “Sinto-me duplamente honrado, como cristão e como presidente da República, pelo privilégio de lhe saudar em sua primeira visita pastoral ao Brasil”. Lula citou a importância da Igreja Católica na vida dos brasileiros, e as inúmeras parcerias de projetos sociais.

Logo na sua chegada, o Papa Bento XVI chamou atenção para a questão do aborto e eutanásia, afirmando ser importante promover o "respeito pela vida, desde a sua concepção até o seu natural declínio". O assunto também está sendo discutido na V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, o que pretende, segundo o Papa, trazer um novo impulso e vigor para o continente. E falou do Brasil como uma nação rica em potencialidades e de esperança para a Igreja Católica. "O Brasil ocupa um lugar muito especial no coração do Papa não somente porque nasceu cristão e possui hoje o mais alto número de católicos, mas sobretudo porque é uma nação rica de potencialidades com uma presença eclesial que é motivo de alegria e esperança para toda a Igreja".

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