José Duarte pede que portugueses de Santos se inscrevam nos cadernos eleitorais do Consulado

 

Dirigente diz que Portugal continua a pensar em 10 milhões de habitantes e se esquece que tem 15 milhões de portugueses

 

Mundo Lusíada

 

José Duarte de Almeida Alves, na condição de presidente da Sociedade União Portuguesa (SUP) e de Conselheiro das Comunidades Portuguesas, disse em seu editorial, publicado na edição nº 17 do jornal da SUP, que se sente “incomodado” e “revoltado” com decisão do governo de fechar o Consulado local e vários outros espalhados pelo mundo.

“A extinção do consulado de Santos é para nós uma medida drástica, injusta e punitiva a toda uma comunidade de 30.000 portugueses inscritos e cerca de 90.000 luso-descendentes. Temos ainda cerca de 500 idosos carenciados do ASIC.

Existem aqui 17 associações portuguesas, algumas com mais de 140 anos de existência, entre as quais a Beneficência Portuguesa com 140 anos, Centro Português de Santos, 111 anos, Sociedade União Portuguesa, 93 anos, Casa de Portugal de Praia Grande com 25 anos, etc.

O projeto de reestruturação consular foi aprovado em conselho de ministros, em 15 de março de 2006, com encerramento de 11 postos consulares espalhados pelo mundo. Mesmo depois de tantos protestos o nosso consulado em Santos será extinto. Portugal continua a pensar em 10 milhões de habitantes e se esquece que tem 15 milhões de portugueses. Ou seja, 5 milhões espalhados pelo mundo. Reafirmo minha posição de indignação de tal procedimento, que não sei porque, foi fundamentada na extinção dos diversos postos consulares por motivos de contenção de despesas, entretanto, posso acrescentar que o nosso consulado é viável economicamente, sendo auto-sustentável, então, porque tal argumentação que foge a lógica econômica e não traz benefícios sociais esperados por um governo democrático.

Quando se reside no estrangeiro, vive-se com mais força o sentimento de identidade portuguesa. Sente-se de maneira diferente o sentido da palavra Portugal. Os emigrantes e nossas associações mantém acesa a chama da Portugalidade.

Nos países onde residimos somos honestos, trabalhadores e empreendedores. Para Portugal somos um fardo: encerrar algumas estruturas consulares para fazer economia é um absurdo. Não podemos deixar de lançar um apelo muito particular a todos os portugueses e portuguesas que vivem na Baixada Santista: a nossa participação cívica é de extrema importância, tanto para Portugal, tanto como para os países onde residimos.

Convidamos todos aqueles que ainda não o fizeram para se inscreverem nos cadernos eleitorais do consulado em Santos. Nós também devemos participar da construção democrática do país. A nossa simples inscrição, vai fazer com que os políticos de Portugal olhem enfim para nós.

Terminamos, saudando todos os portugueses da Baixada Santista e também aos nossos irmãos brasileiros que se empenharam pela manutenção do secular consulado, na certeza que esta corrente que nos une, esteja cada vez mais firme de modo que possamos gritar de uma só voz e com muito orgulho. Não tirem o consulado daqui!”. (José Duarte de Almeida Alves).

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