Hiroshima 75 anos: Primeiro-Ministro apela aos “valores da paz e da cooperação”

Da Redação
Com Lusa

O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, apelou neste dia 06 à reflexão sobre os “valores da paz e da cooperação entre os povos”, no dia em que se assinalam 75 anos do bombardeamento nuclear de Hiroshima.

“Há 75 anos, o mundo acordou para uma nova era com a devastação nuclear de #Hiroshima e, depois, #Nagasaki. É um momento para refletir sobre os valores da paz e da cooperação entre os povos e para assegurar que os primeiros bombardeamentos nucleares tenham sido os últimos”, escreveu António Costa na rede social Twitter.

Há precisamente 75 anos, em Hiroshima, às 08:15, hora local, era lançada a primeira bomba atômica em cenário de Guerra, pelo bombardeiro norte-americano Enola Gay. A bomba tinha o nome de código “Little Boy”, três metros de comprimento, 71 cm de largura e uma potência equivalente a 13 quilotoneladas de TNT, provocando a morte a 140.000 pessoas.

Três dias depois, os Estados Unidos lançaram, em 09 de agosto de 1945, uma segunda bomba atômica sobre Nagasaki, levando à capitulação do Japão e ao fim da Segunda Guerra Mundial.

Hiroshima assinalou hoje o 75.º aniversário do bombardeamento atômico da cidade japonesa, com o autarca da cidade a criticar o governo japonês por se recusar a assinar o tratado de proibição de armas nucleares.

O tratado foi aprovado na ONU a 07 de julho de 2017 por 122 estados membros, mas para que entre em vigor precisa de ser ratificado por pelo menos 50 nações, e até agora apenas 40 o fizeram.

Papa Francisco

O Papa Francisco também apelou ao desarmamento defendendo que para conseguir a paz é necessário que todos os povos deponham as armas de guerra, “em especial as mais poderosas e destrutivas: as armas nucleares”.

No dia em que se assinalam os 75 anos do bombardeamento, o chefe da Igreja Católica enviou uma mensagem ao governador da cidade japonesa, Hidehiko Yuzaki, saudando em especial os sobreviventes da tragédia que provocou a morte de milhares de pessoas.

Na mensagem, citada pela agência de notícias EFE, o Papa argentino recordou que em novembro do ano passado teve “o privilégio de poder ir pessoalmente às cidades de Hiroshima e Nagasaki”, onde pôde refletir sobre “a destruição da vida humana e a destruição provocada nessas cidades durante esses dias terríveis da guerra, que aconteceu há três quartos de século”.

Para Francisco “nunca esteve tão claro que, para que a paz floresça, é necessário que todos os povos deponham as armas de guerra, em especial as mais poderosas e destrutivas: as armas nucleares que podem paralisar e destruir cidades inteiras, países inteiros”.

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