Da Redação
Com EBC e RTP
O autoproclamado presidente venezuelano, Juan Guaidó, apelou nesta quinta-feira à Europa a intensificar as sanções econômicas contra o regime de Nicolás Maduro, após a expulsão do embaixador da Alemanha no país.
“Os países europeus devem reforçar as sanções econômicas contra o regime. A comunidade internacional deve evitar que o dinheiro venezuelano seja utilizado para matar opositores do regime e povos indígenas”, defendeu em entrevista à revista alemã Der Spiegel.
No dia 6, a Venezuela declarou “persona non grata” o embaixador da Alemanha em Caracas, Daniel Martín Kriener, a quem acusa de “recorrentes atos de ingerência” em assuntos internos, e deu ao diplomata 48 horas para sair do país.
À Der Spiegel, Guaidó reiterou que “condena veementemente” a decisão e pediu ao embaixador para ficar na Venezuela.
“A Venezuela vive sob uma ditadura e esta abordagem é uma ameaça para a Alemanha. Não é legítimo declarar um embaixador como indesejável”, considerou Guaidó, que agradeceu à Alemanha “a ajuda humanitária que prestou”.
Daniel Martín Kriener foi um dos embaixadores europeus que receberam, segunda-feira (4), no Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, que regressava de viagem a vários países da região.
“O regime não está apenas ameaçando verbalmente o embaixador, a sua integridade física também está ameaçada”, disse Guaidó.
O governo português também divulgou uma nota sobre o assunto em que se diz solidário com a Alemanha:
Portugal lamenta a declaração como “persona non grata” do Embaixador da Alemanha na Venezuela. Além de injustificada, esta declaração dificulta ainda mais o início de um processo de solução política para o impasse vivido naquele país. Portugal está solidário com a Alemanha.
— N Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) March 6, 2019