Greve afeta serviços em consulados e embaixadas na Venezuela, Brasil, EUA e Canadá

Da Redação Com Lusa

 

A greve dos funcionários consulares, que aderiram à paralisação da função pública no último dia 04 de março, afetou os serviços em alguns consulados e embaixadas portuguesas na Venezuela, Brasil, Estados Unidos e Canadá, segundo adiantaram fontes consulares à Lusa. Segundo indicou o Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas, a paralisação teve uma adesão de 75%.

No Brasil, dos 31 funcionários que trabalham nos Consulados de São Paulo e de Santos, apenas nove aderiram a paralisação da função pública (29%), mas sem reflexos no funcionamento. "Os Consulados de São Paulo e de Santos estão a funcionar normalmente, a greve não está a causar problemas", garantiu à Lusa uma fonte consular.

No Consulado Geral de Portugal em Caracas, onde trabalham 16 funcionários, a adesão à greve rondou os 90%, onde apenas "dois trabalhadores não aderiram à paralisação", segundo revelaram outras fontes consulares. Segundo a cônsul geral Isabel Brilhante Pedrosa, o consulado na capital venezuelana "está a operar, condicionado e com algumas limitações" porque "a maioria dos funcionários aderiram à greve". Já no Consulado de Valência (Venezuela), a adesão à greve é de 100%. "Os nove funcionários que trabalham no consulado aderiram todos à greve, pelo que não há atendimento ao público", disse fonte consular.

Nos Estados Unidos (EUA), fonte do Consulado Geral de Portugal em Newark, onde trabalham nove funcionários, disse que "ninguém faltou" e que está "tudo a funcionar normalmente". Em Nova Iorque, o chanceler do Consulado António Pinheiro garantiu que "está tudo a trabalhar a 100%", e que nenhum serviço foi afetado pela greve. De acordo com Pinheiro, no consulado trabalham oito pessoas, sendo que dois funcionários estão deslocados.

No Canadá, a paralisação no Consulado Geral de Toronto foi de 89%, segundo disse fonte sindical contatada pela Lusa, que explicou que apesar de estar aberto, o "consulado não está a funcionar". Em Montreal, a greve dos funcionários do Consulado registrou uma adesão total, em Otava chegou aos 80% e em Vancouver "não houve qualquer adesão e o consulado funciona normalmente", indicou a mesma fonte.

Na França, um dirigente sindical disse que a greve geral afetou os maiores consulados portugueses no país, mas indicou que a adesão do pessoal consular foi menor do que na última greve do setor, em Setembro de 2009. No Consulado Geral de Portugal em Paris, "apenas quatro ou cinco funcionários, em 60 do quadro normal (sem contar os que estão de férias ou de baixa), vieram trabalhar ", afirmou Jorge Silva, secretário geral adjunto do Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas (STCDE).

Na Alemanha, fonte sindical disse à Lusa que os funcionários dos consulados de Hamburgo, Estugarda, Osnabruck e Frankfurt, num total de 25 pessoas, aderiram à greve. Em Angola, fonte da Embaixada de Portugal afirmou que a paralisação no serviço é na ordem dos 70%, entre os 45 funcionários, acrescentando que estão a ser assegurados os serviços mínimos. Na África do Sul, apenas o consulado-geral de Joanesburgo registra uma grande adesão à greve, com apenas duas das 21 funcionárias a apresentarem-se ao serviço, mas as portas estiveram abertas ao público.

Os funcionários dos serviços externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros aderiram à greve, convocada pelas três estruturas sindicais – Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP), Frente Sindical da Administração Pública (UGT) e Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado – contra o congelamento salarial, o agravamento das penalizações das reformas antecipadas, questões relacionadas com as carreiras e com o sistema de avaliação, segundo o Jornal de Notícias.

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