Governo quer conselheiros das comunidades nos conselhos consultivos dos consulados

Da Redação com Lusa

Na última semana, a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas afirmou que há vontade para que os conselheiros das comunidades portuguesas estejam “obrigatoriamente nos conselhos consultivos dos consulados”, argumentando que “o primeiro interlocutor dos conselheiros” devem ser “os interlocutores locais”.

“Posso dizer que, para nós, o conselho consultivo é um órgão importante. É um órgão eleito. Por isso também propusemos que os conselheiros estejam obrigatoriamente nos conselhos consultivos dos consulados, porque o primeiro interlocutor dos conselheiros, que representam as comunidades, devem ser os interlocutores locais: os cônsules, eventualmente os embaixadores, quando for o caso, e também, depois, a Secretaria de Estado das Comunidades”, defendeu Berta Nunes.

A secretária de Estado, que falava no final da sessão de encerramento da reunião anual de três comissões temáticas do Conselho das Comunidades Portuguesas, em Lisboa, fez um balanço “muito positivo” dos dois dias com os vários grupos de trabalho.

“Tivemos várias reuniões com membros do Governo, com responsáveis dos serviços e procuramos corresponder a todas as necessidades e expectativas que os conselheiros nos colocaram na organização da reunião e ter aqui todas as pessoas que eles consideraram importantes para poderem colocar as suas questões e debater os vários temas”, acrescentou, reiterando que “foi bastante produtivo”.

Nesse sentido, Berta Nunes mostrou-se também “bastante satisfeita” com a avaliação feita pelos conselheiros”, incluindo pelo presidente do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CP-CCP), Flávio Martins.

O CCP, criado em 2007, é o órgão de consulta do Governo sobre matérias relacionadas com a diáspora.

Diáspora

No mesmo dia, Berta afirmou que o Governo português está disponível para “dar todo o apoio necessário” à comunidade na África do Sul, afetada pela violência que atinge o país há mais de uma semana.

“É verdade que não é só um problema, não é só questão material, é a questão de que, de repente, uma pessoa que está há muitos anos, que tem o seu comércio, que tem a sua vida organizada, sofre uma situação destas e, também, do ponto de vista psicológico, claro que a comunidade fica afetada e as pessoas estão afetadas. Nós sabemos disso e estaremos aqui também para dar todo o apoio que for necessário”, disse à Lusa.

“Nós queremos estar perto das comunidades e estamos perto das comunidades”, sublinhou Berta Nunes, sublinhando que houve uma mobilização da representação diplomática portuguesa na África do Sul para responder aos pedidos de informação.

Segundo a secretária de Estado, as autoridades portuguesas partiram “imediatamente” para “o acompanhamento da situação”. Berta Nunes referiu que a maioria dos contatos locais foram para pedidos de informações e que não houve qualquer “pedido para sair do país”.

A Presidência da República sul-africana garantiu regresso à normalidade no país, após oito dias de extrema violência que já causou pelo menos 212 mortos e mais de 2.550 detenções.

Já em relação aos estragos devido ao mau tempo em países europeus, como Alemanha e Bélgica, assinalou não ter conhecimento de vítimas portuguesas.

“No caso da Alemanha, temos situações na área de jurisdição de Dusseldórfia e também Estugarda, as nossas duas cônsules estão também a acompanhar. O reporte que nos fizeram até ao momento são situações mais na área de Dusseldórfia e Colónia. Temos um casal que teve de abandonar a casa porque teve uma inundação, tivemos um português que teve de dormir no carro porque teve de parar porque a estrada estava bloqueada por causa das cheias, mas não há neste momento nenhuma fatalidade”, disse Berta Nunes.

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