Governo do Maranhão multa presidente Bolsonaro por aglomeração sem máscara

Da redação com agencias

O Governo do estado do Maranhão multou o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, por não usar máscara e provocar uma aglomeração durante um evento realizado na sexta-feira no município de Açailândia.

A multa foi imposta pelas autoridades sanitárias do estado do Maranhão por “não cumprimento da obrigação de usar máscara” e “causar aglomerações sem controle sanitário” num evento com mais de 100 pessoas, de acordo com o documento ao qual o jornal Folha de São Paulo teve acesso.

A sanção foi enviada para o Palácio do Planalto, a sede do Governo federal, e o valor da multa pode variar entre 2.000 reais (312 euros) e 1,5 milhões de reais (232 mil euros), um montante que será definido uma vez apresentadas as alegações da defesa de Bolsonaro.

Bolsonaro, um dos líderes mais negacionistas sobre a gravidade do coronavírus, liderou esta sexta-feira um evento em Açailândia, no qual voltou a manifestar-se contra as medidas de distanciamento social impostas pelos governadores e autarcas para conter a pandemia.

O Presidente não fez alusão à situação sanitária do país, que acumula 446.309 mortos da covid-19 e está, segundo os especialistas, à beira de enfrentar uma nova vaga da pandemia.

O Brasil somou 76.855 novos casos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas e aproxima-se das 16 milhões de casos (15.970.949) desde o início da pandemia.

Em relação ao número de mortes, o país sul-americano, com 212 milhões de habitantes, contabilizou 2.215 óbitos nas últimas 24 horas.

Os dados fazem parte do último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde do Brasil, o segundo país com mais mortos em todo o mundo e o terceiro com mais infecções, em números absolutos.

Variante

No dia 20, o Brasil confirmou os primeiros casos da estirpe indiana da covid-19 em tripulantes de um navio da África do Sul que estão isolados desde o final da semana passada no porto de São Luís, capital maranhense.

A estirpe indiana, cientificamente conhecida como B.1.617 e classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “preocupação global”, foi identificada em seis dos 24 tripulantes de uma embarcação chamada ‘Zhi Shandong’, de acordo com os primeiros resultados dos testes realizados pela autoridade sanitária brasileira.

De acordo com declarações do secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, um dos tripulantes infetados permanece internado num hospital privado de São Luís e a sua situação é estável.

Outros 14 tripulantes com covid-19 permanecem no barco – dois deles com sintomas leves e 12 assintomáticos – e outros 9 tripulantes registaram testes negativos.

Os casos de infecções com a estirpe indiana podem ser maiores já que cerca de uma centena de pessoas tiveram contacto com a tripulação do navio que testou positivo.

Carlos Lula destacou que os testes correspondentes serão feitos em todas estas pessoas, que serão monitoradas e, se necessário, isoladas para evitar a disseminação da estirpe indiana.

O navio ‘Zhi Shandong’ veio da África do Sul e foi contratado pela mineradora brasileira Vale para entregar minério de ferro a cidade de São Luís.

A embarcação permanece ancorada na costa do Maranhão e todos os tripulantes estão isolados e acompanhados por profissionais de saúde.

Os alertas sobre uma possível chegada da variante indiana ao Brasil começaram no dia 15, quando um homem de 54 anos, de nacionalidade indiana, foi internado num hospital em São Luís com sintomas de covid-19.

O caso foi registrado poucas horas depois que o Brasil proibiu a entrada de passageiros estrangeiros da Índia.

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