Governo do Brasil anuncia compra de 10 milhões da vacina Sputnik V

Da Redação
Com agencias

O Ministério da Saúde anunciou a compra de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V, produzida pelo instituto russo Gamaleya em parceria com a farmacêutica brasileira União Química.

O contrato foi assinado e as doses deverão ser disponibilizadas no primeiro semestre. Devem ser entregues 400 mil doses até abril, 2 milhões até maio e 7,6 milhões em junho.

A vacina deve ser produzida em plantas em São Paulo e no Distrito Federal. De acordo com o Ministério da Saúde, ainda está em análise a celebração de um outro acordo comercial de aquisição de imunizantes.

Esta semana, o Ministério da Saúde informou estar enviando aos estados e Distrito Federal mais 2,6 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 produzida no Brasil pelo Instituto Butantan de SP.  Com esse novo lote, o governo informa já coordenou a distribuição de mais de 20 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 em todo o país desde o dia 18 de janeiro, início da campanha de vacinação – mais de 10 milhões já foram aplicadas em grupos prioritários.

Confinamento

Enquanto governos estaduais e municipais decretam restrições de circulação para conter a pandemia e evitar o colapso do sistema de saúde, o presidente brasileiro criticou essas medidas no país.

No estado de São Paulo, foi informado da implantação de um toque de recolher entre as 20:00 e as 5:00 a partir de 15 de março. Atividades religiosas como missas e cultos não poderão ocorrer presencialmente, campeonatos esportivos foram suspensos e as escolas estaduais não terão aulas, mantendo-se apenas oferta de refeição para alunos mais pobres.

Em São Paulo, as praias do litoral estarão interditadas a partir deste sábado (13) e até enquanto durar a Fase Emergencial do Plano São Paulo (30), segundo anúncio antecipado pelo prefeito de Santos.

“Como é fácil impor uma ditadura no Brasil. Estamos a ver guardas municipais, de cassetete, mantendo todo mundo dentro de casa. Imaginem umas Forças Armadas, com fuzil. Em nome da ciência, da sua vida, você vai ficar em casa mofando”, disse Bolsonaro, na sua habitual transmissão de vídeo na rede social Facebook.

“Uma pequena parcela da sociedade até pode ficar em casa mais tempo, mas a grande maioria não pode. Todos vão sofrer. Eu sou o garante da democracia. Usam o vírus para te oprimir, para quebrar a economia”, criticou o chefe de Estado.

Para justificar a sua rejeição às medidas de confinamento obrigatório, Bolsonaro recorreu à leitura de uma carta de despedida, escrita por um feirante que alegadamente se suicidou.

O Brasil, que nos últimos dois dias registou mais de duas mil mortes diárias devido à covid-19 e que enfrenta agora o momento mais crítico da pandemia, tem vários hospitais em colapso e novas estirpes do vírus em circulação, o que levou governadores e prefeitos a decretar medidas restritivas de isolamento social.

Um ano após a pandemia ser oficialmente declarada no país, o Brasil acumula 10,3% das mortes notificadas no mundo por covid-19, sendo que tem apenas 3% da população global, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O Brasil, com 212 milhões de habitantes, concentra 272.889 mortes e 11.277.717 casos de infecção, sendo um dos três países mais afetados pelo novo coronavírus em todo o mundo.

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