Governo anuncia investimento de 500 milhões de euros em equipamentos hospitalares

Da Redação

Os hospitais do Serviço Nacional de Saúde em Portugal vão precisar de 500 milhões de euros de investimento em equipamentos, conforme análise das necessidades prioritárias feitas pela área governativa da Saúde, nos próximos três anos.

A ministra ressalvou que esses 500 milhões de euros não terão o Orçamento do Estado como fonte única de financiamento, devendo também apoiar-se em fundos comunitários.

À margem da inauguração de equipamentos de imagiologia no hospital Santa Maria, em Lisboa, a Ministra da Saúde, Marta Temido, referiu que a anterior equipe ministerial tinha feito um levantamento de necessidades de investimento no Serviço Nacional de Saúde, que apontavam para mil milhões de euros e que continham diversos investimentos, incluindo novas unidades hospitalares que vão surgir no Seixal, em Sintra ou em Lisboa Oriental.

“Esse levantamento foi depois analisado e priorizado. Dessa priorização resultou um conjunto de investimentos que anda na casa de 500 milhões de euros”, referiu Marta Temido, acrescentando que não seria possível executar “todos ao mesmo tempo”.

A Ministra referiu que o investimento será repartido pelos próximos três anos, não sendo o Orçamento do Estado a única fonte de financiamento, mas também os fundos comunitários.

Marta Temido deu como exemplo do programa de apoio comunitário Lisboa 2020 que tem à sua gestão 800 milhões de euros e no qual, mais de 100 milhões são só para a área da Saúde.

A Ministra disse também que o plano de investimento está alinhado com a proposta do Governo para a Lei de Bases da Saúde, que advoga a criação de planos plurianuais de investimento.

Trata-se de “trabalhar com planejamento e com foco nas prioridades” e não em resposta a situações de pressão do momento, referiu ainda.

O anúncio é feito diante da greve dos enfermeiros que decorre desde o dia 22 de novembro em blocos operatórios de cinco hospitais públicos de Portugal e prolonga-se até final do mês. Segundo as contas do Ministério da Saúde, entre o início da greve e 10 de dezembro, foram canceladas 4.543 cirurgias.

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