Funcionários da Região de Turismo do Douro-Sul contestam Jorge Osório

Segundo o documento, enviado no último dia 16, ao qual o Lamego Hoje teve acesso, os funcionários reclamam o cumprimento da lei, no que toca a “abertura de concursos internos, bem como a reclassificação profissional para os funcionários do quadro de pessoal daquela Região de Turismo, com mais de três anos na mesma categoria”.

Num comunicado interno, enviado a Jorge Osório, em 23 de Março, os funcionários alertam para o fato de se sentirem desmotivados pela “estagnação nas carreiras”, o que “acarreta conseqüências negativas na produtividade laboral e na realização pessoal e profissional do trabalhador”. 

A reestruturação da administração pública é também motivo de preocupação por parte desses profissionais, tendo em conta que os funcionários daquela instituição estariam numa situação profissional “pouco compensatória e comprometedora”. 

Essas ambições foram levadas ao conhecimento do atual presidente da RTDS, para serem apreciadas em reunião pelos membros da Comissão Executiva. 

Segundo esses trabalhadores, “o pedido nunca foi atendido, o que não estranham, dada a postura negligente com que Jorge Osório tem conduzido a gestão da vida do organismo ao longo de todos estes anos”. 

O não cumprimento desse pedido levou a que Maria José, Maria Augusta, Fernando Ferreira, Paula Reis e Luís Carlos recorressem a uma carta que expressa o seu descontentamento com as atitudes do responsável pela entidade, realçando ainda que “esta será a última manifestação de exigência pelo cumprimento da lei”, antes que “todos os membros daquela Comissão Executiva sejam corresponsáveis por todas as consequências legais, políticas e pessoais que tal acarreta”. 

No documento constam afirmações de que “os funcionários da Região de Turismo estão cansados de serem tratados de forma desrespeitosa, (…) tanto mais quanto é certo que estão plenamente conscientes que a sobrevivência do organismo se deve unicamente à sua dedicação, esforço, entrega e, sobretudo, muita paciência e não à ação de nenhum dos elementos dos seus órgãos de direcção e gestão, por cuja acção já teria encerrado portas há muito tempo”. 

Para Jorge Osório, a palavra “negligente” está a ser utilizadas de forma “excessiva” para o caso. Segundo este responsável, há um jurista a tratar do assunto, tendo em vista a resolução desse impasse.  

Jorge Osório refere que, no início de abril, após receber a primeira comunicação dos funcionários, analisou o assunto, mas, alguns procedimentos não ficaram devidamente esclarecidos, como a aplicação específica ou não da lei do orçamento, que estabelece que, em 2006, os encargos com funcionários não podem exceder o valor de 2005, exceto a percentagem normal de aumento salarial na função pública. 

Jorge Osório alega a necessidade de contenção orçamental e os vários procedimentos exigidos por lei, bem como obrigações profissionais, para justificar o atraso em impor um fim ao problema. 

“Não estamos a desrespeitar a lei. Todas as promoções legais exigidas foram atribuídas. Mesmo assim, a questão dos concursos na vertical está a ser analisada internamente, com base na nova lei de orçamento. Entretanto, sabemos que temos um orçamento muito restritivo, no que toca às despesas com pessoal”, finalizou.

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