Ex-vice cônsul de Porto Alegre é inocentado por mulher em carta

Mundo Lusíada
Com agencias

 

No Rio Grande do Sul, o ex-vice cônsul Adelino Pinto demitido por ser suspeito do desaparecimento de mais de um milhão de euros, agora está sendo inocentado por sua ex-namorada que assumiu o roubo, equivalente a 2,5 mil reais.

O dinheiro, que seria para a Arquidiocese da Igreja Católica de Porto Alegre em dezembro de 2010, teria sido gasto em cassinos e spas.

Teresa Maria Ferreira de Almeida Monteiro, a técnica do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras), é ex-namorada do diplomata, e teria entregue uma carta declarando que recebeu o dinheiro e que Adelino Pinto foi vítima de uma “situação criada” por ela e uma amiga.

A carta está sendo investigada pela justiça brasileira, mas a confissão da mulher, que pode ser indiciada por estelionato, não excluiria o ex-cônsul já que o dinheiro foi depositado na conta dele, de acordo com o promotor Fabiano Dallazen.

Teresa Monteiro também se mostrou disposta a devolver o que sobrou da quantia para inocentar Adelino Vera Cruz Pinto.

 

O caso

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português demitiu o técnico superior Adelino Pinto, ex-vice-cônsul de Portugal em Porto Alegre, capital estadual do Rio Grande do Sul.

O funcionário foi demitido com justa causa, depois de ter sido acusado pela justiça gaúcha de quatro crimes relacionados com o desaparecimento de mais de um milhão de euros que a arquidiocese de Porto Alegre diz ter entregue ao então vice-cônsul para pagar um donativo por parte de uma organização não-governamental (ONG) belga. O dinheiro seria destinado a pagar a recuperação de duas igrejas no estado do Rio Grande do Sul.

Ainda foragido da polícia, ele havia afirmado à imprensa que foi enganado. “Eu fui enganado pela dra. Teresa Falcão e Cunha. Tive um processo disciplinar no MNE porque abandonei o posto. No dia em que percebi que ela não queria devolver o dinheiro, meti-me no avião e vim a Lisboa ter com a pessoa que me apresentou a dra. Teresa Falcão e Cunha”, explicou. Essa pessoa foi Teresa Monteiro, filha de Ramiro Ladeiro Monteiro (fundador do Serviço de Informações e Segurança) e para Adelino Pinto agora em causa está o “mal-entendido” com os padres brasileiros.

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