Emigrantes-empresários são ideais para quem quer investir no estrangeiro, diz Cesário

Da Redação
Com Lusa

José Cesário, Secretario de Estado das Comunidades Portuguesas. Foto: MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, considerou que os empresários-emigrantes constituem “uma plataforma fabulosa” de contatos para os portugueses que queiram investir no estrangeiro.

“Podemos mandar técnicos da AICEP ou diplomatas para onde quer que seja, mas nenhum empresário português arranja melhor parceiro do que um português que já lá tem uma empresa”, afirmou o governante, considerando que o empresariado português emigrante constitui uma “plataforma de contatos fabulosa”.

Só em França, “estima-se que haja 45 mil empresas cujos donos são pessoas de origem portuguesa”, sublinhou José Cesário, que falava durante um debate sobre políticas para a emigração, na Universidade Lusófona do Porto.

Lembrando que há no estrangeiro cinco milhões de pessoas com a nacionalidade portuguesa, José Cesário disse que “num contexto de crise como aquele em que vivemos”, o país não pode desprezar esta “realidade muito forte”.

Sobretudo num momento em que “há cada vez mais gente a emigrar” (100 mil a 150 mil/ano, segundo estimou), o secretário de Estado defendeu que a administração portuguesa “não pode continuar a tratar os emigrantes como se fossem estrangeiros”.

Entre as suas apostas, José Cesário referiu a intenção de reforçar o ensino do português nas comunidades, menos com o envio de professores e mais em articulação com instituições que já tem experiência de ensino do idioma.

Tornar o Conselho das Comunidades Portuguesas um real “parceiro efetivo” do Governo na definição das políticas de emigração é outros dos seus objetivos.

Já para a área consular, José Cesário preconizou serviços modernos e eficazes e admitiu que a este nível, há ainda “muito para fazer” para dar aos emigrantes “uma resposta rápida” em termos administrativos.

O secretário de Estado não respondeu a perguntas dos jornalistas à margem do debate.

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