Em abril Portugal vai “triplicar” administração de vacinas

Da Redação Com Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou que em abril Portugal vai “triplicar o esforço de administração de vacinas” e considerou que essa logística será “o bom problema” para o país.

No final de uma visita ao Pavilhão Multiusos de Odivelas, em Lisboa, um dos locais onde começou hoje a vacinação de docentes e não docentes, António Costa explicou que este exercício de vacinação massiva tem uma dupla função.

“Este exercício é não só importante para dar segurança a todos os que trabalham nas escolas, mas para testar estes postos de vacinação rápida”, defendeu o primeiro-ministro.

Tal como já tinha sido anunciado pela ‘task-force’ da vacinação, Costa referiu que em abril o país vai receber 1,8 milhões de vacinas, “tantas quantas recebemos em janeiro, fevereiro e março”.

“Vamos ter de triplicar o esforço de administração de vacinas, todos o processo que tem decorrido em centros de saúde vai ter de ser complementado por 150 postos de vacinação rápida”, afirmou.

O primeiro-ministro garantiu ainda que haverá recursos humanos para a administração de todas estas vacinas, entre “recursos do Serviço Nacional de Saúde e outros que possam ter de ser contratados fora do SNS”.

“Já estão identificados os 150 postos, alguns já estão montados como este de Odivelas, outros estão a sê-lo (…) Vamos ter uma operação sete dias por semana, não digo 24 horas, mas sete dias por semana para assegurar todo o esforço de vacinação”, assegurou.

Questionado se esta será uma nova fase da vacinação em Portugal, Costa respondeu que o será “em termos de escala”, mas garantiu tratar-se, neste caso, de um “bom problema”.

Milhão de vacinados
Portugal ultrapassou dia 26 um milhão de vacinados com a primeira dose de uma das vacinas contra a covid-19 e, em simultâneo, serão atingidas 500.000 segundas doses administradas, segundo fonte da ‘task force’ do plano de vacinação.

“Está já hoje ultrapassado em Portugal a barreira de um milhão de primeiras doses administradas de vacinas contra a covid-19”, disse à agência Lusa fonte da ‘task force’ coordenada pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.

A mesma fonte acrescentou que, “em simultâneo, será alcançado o valor de cerca de meio milhão de segundas doses inoculadas”, sendo que quinta-feira foi “o dia com maior volume de doses administradas: 50 mil”.

Portugal começou a vacinar a população em 27 de dezembro de 2020. No primeiro dia foram vacinadas 4.534 pessoas.

Na quinta-feira, Costa afirmou que a União Europeia (UE) está disposta a utilizar “todas as armas” para impor reciprocidade no acesso às vacinas, mas só em último caso recorrerá à proibição das exportações.

O chefe do Governo, que transmitiu esta posição em conferência de imprensa no final de uma reunião do Conselho Europeu, acrescentou que a Comissão Europeia (CE) está a trabalhar para organizar à escala europeia um esforço adicional para aumentar a capacidade de produção.

A CE exigiu, também na quinta-feira, que a farmacêutica AstraZeneca, que está envolta em polêmica por causa da incapacidade de produção de vacinas para os Estados-membros da UE, recupere os atrasos e honre o acordado antes de exportar os fármacos para fora da UE.

Professores
A vacinação dos professores e trabalhadores não-docentes do pré-escolar e 1.º ciclo contra a covid-19 arranca hoje em todo o país, num processo que vai envolver quase 80 mil profissionais da educação.

No total, estão incluídos nesta primeira fase, que decorre entre sábado e domingo, cerca de 78.700 os professores e funcionários do pré-escolar, primeiro ciclo e também da chamada “Escola a Tempo Inteiro”, que reabriram na semana passada, abrangendo os setores público e privado.

Na quarta-feira, os docentes e não-docentes começaram a receber a convocatória, através de SMS, para receberem a primeira dose da vacina AstraZeneca, e tiveram um dia para responder se pretendem ou não ser vacinados. Caso não o tenham feito ou recusem esta vacina, perdem a prioridade na vacinação.

Por outro lado, o Ministério da Educação assegurou que não perderiam o lugar se, por qualquer motivo, não tiverem sido contactados, aconselhando-os a avisar a direção do respetivo estabelecimento de ensino, para que a escola envie a informação à direção de serviços regional, “a fim de ser elaborada uma lista e enquadrada(s) a(s) situação(ões) numa futura fase de vacinação”.

O processo de vacinação vai decorrer de três formas: nos concelhos onde o grupo de profissionais a vacinar seja inferior a 250 pessoas, será nos centros de saúde, naqueles em que se prevê a vacinação entre 250 e 500 pessoas, o processo será realizado nas escolas e nos locais com mais de 500 pessoas, a escolha recaiu nos Centros de Vacinação Covid.

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