Durão Barroso diz que eleições foram maior teste de ‘stress’ de sempre à UE

Mundo Lusíada
Com Lusa

Presidente da Comissão Europeia José Manuel Barroso conversa com o Ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas, durante Seminário Diplomático 2013 com o tema "Projetando Portugal", organizado pelo Governo Português realizado na Fundação Champalimaud, em Lisboa, Portugal, 03 Janeiro de 2013. Foto: Lusa
Presidente da Comissão Europeia José Manuel Barroso conversa com Paulo Portas. Foto/Arquivo: Lusa

O presidente da Comissão Europeia afirmou que as eleições europeias foram “o maior teste de ‘stress’ de sempre” à União Europeia (UE) e considerou que é preciso uma análise profunda ao sucedido em vez de leituras simplistas.

“Certamente [estas eleições] foram o maior teste de ‘stress’ de sempre para as instituições europeias”, disse Durão Barroso, no fórum do Banco Central Europeu (BCE), que decorreu num hotel em Sintra, em 26 de maio.

O presidente da Comissão Europeia, que está prestes a terminar o seu último mandado, afirmou estar “muito preocupado com as tendências” que os resultados das eleições para o Parlamento Europeu sinalizaram, mas recusou leituras simplistas do que se passou.

“São fatores muito complexos, é difícil encontrar um fator que explique”, disse Barroso, que considerou que não é possível “criar simplificação para uma situação complexa”, depois de as eleições europeias terem demonstrado um ressurgimento dos movimentos populistas e mesmo de extrema-direita.

Correção: Portugal
Os quatro mandatos de Portugal para o Parlamento Europeu que faltavam escrutinar foram distribuídos pelo Partido Socialista, Aliança Portugal, CDU e Partido da Terra, revela a Direção-Geral da Administração Interna (DGAI).

Com 12 consulados por apurar, de um universo de 71, “é possível concluir pela certeza da distribuição dos quatro mandatos ainda não atribuídos na plataforma às candidaturas da Aliança Portugal, CDU – Coligação Democrática Unitária, Partido da Terra e Partido Socialista (indicados por ordem alfabética, por não ser definitiva ordem da sua atribuição)”, informa.

Assim, conseguiram ser eleitos José Manuel Fernandes (pela Aliança Portugal – PSD/CDS-PP), Miguel Lopes Viegas (CDU), José Inácio da Silva Antunes de Faria (do MPT) e Liliana Maria Gonçalves de Gois (PS). Nestas eleições, a abstenção atingiu o valor recorde de 66%.

O PS continua a ser o partido com mais mandatos com oito deputados, seguindo-se a Aliança Portugal com sete, a CDU, que elege três, e o MPT com dois eurodeputados. O Bloco de Esquerda conseguiu eleger apenas a cabeça de lista, Marisa Matias, ficando assim atribuídos os 21 mandatos de Portugal no Parlamento Europeu.

Olhando para a nova constituição do Parlamento Europeu, as eleições revelam um crescimento dos partidos de extrema direita e eurocéticos: em França, a Frente Nacional de Marine Le Pen foi o partido mais votado, com cerca de 25% dos votos, e a formação eurocética que venceu as europeias foi o Partido Independentista do Reino Unido (UKIP), de Nigel Farage, que conseguiu 30% da representação do país.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: