Domingos Pinto diz que pretende estreitar relações entre Vila Real e Santos

Em visita ao Brasil, a comitiva acompanhou o Grupo de Cantares ALÉU, e conheceu comunidades em Santos, São Paulo e Rio de Janeiro.

Por Odair Sene Mundo Lusíada

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>> O Engenheiro Domingos Madeira Pinto (PSD), vice-presidente da Câmara de Vila Real (Portugal).

O Engenheiro Domingos Madeira Pinto (PSD), vice-presidente da Câmara de Vila Real e José Hermano Machado, chefe de gabinete da Câmara, estiveram acompanhando no Brasil o Grupo de Cantares “ALÉU”, de Vila Real, Tras-os-Montes.

Em entrevista ao Mundo Lusíada, Madeira Pinto explicou o motivo da representação política em digressão a outro país junto de um grupo cultural. “É uma questão interessantíssima, nós quisemos cá trazer a parte cultural, símbolo de tudo que fazemos em nossa região, mas quisemos dar um cunho institucional e mais estabilidade a uma presença e como tal, eu próprio e o chefe de gabinete do prefeito quisemos também mostrar que Vila Real, norte do país, e Portugal inteiro vive muito forte neste laço que existe entre Portugal e o Brasil" disse.

Citou o país, onde existe uma comunidade, "principalmente aqui na baixada santista, muito forte, luso-brasileiros que não renegam suas origens, que muito lutaram para se fazerem homens e mulheres no futuro" relatou. "Vieram de baixo para cima e que agora estão, felizmente, numa fase boa da sua vida, abrem os braços e a sua volta tentam ajudar, e uma maneira de ajudar é perpetuar a história. É aquilo que eles fazem neste momento, é manter posição forte aqui na região. São gente simples, séria, honesta, honrada, e que sabem receber de braço abertos".

Domingos Madeira foi mais além. Segundo ele, os portugueses de Santos e de Vila Real poderiam (futuramente) ir além do cunho cultural na questão das relações avançando na parte política, econômica e em outras áreas. “Trabalhar mais em conjunto e ter a consciência de que, do outro lado do Atlântico há uma vontade enorme de estarmos juntos e deste lado também essa parceria é igualmente desejada, então pode-se criar aqui um casamento fantástico entre as partes e trabalharmos cada vez mais para termos um futuro melhor, não só para nós mas também para todos que venham a seguir”, referiu.

Conforme o vice-presidente da Câmara de Vila Real, as condições para que se trabalhe um possível projeto de irmandade entre as cidades estão sendo criadas. Madeira Pinto revelou que houve muitas conversas nesses dias entre os compatriotas neste sentido.

“Até porque nós temos aqui muitos luso-brasileiros e muitos representantes do próprio Conselho de Vila Real”, disse citando o empresário Antonio Lopes, como um desses “dignos” representantes: “é uma pessoa que tem uma capacidade que deve ser realçada, ele abre os braços para aqueles que estão à sua volta e a nível associativo e empresarial é uma pessoa que está sempre pronto, como também é o comendador Vasco.”

Reduzindo o “longo prazo”, Madeira Pinto disse que, “quem sabe a curto prazo podemos fazer esta primeira aproximação entre as duas cidades.” “Aproveito para dizer que, desde 1998 o Grupo Cantares de Aléu traz a língua portuguesa até esta zona, e com sua música faz uma partilha forte de informação, mas por traz da sua música traz a vontade de dar e receber e com isso faz com que muitas pessoas dessa comunidade visitem Vila Real mantendo os laços e este intercâmbio cultural.”

Questionado sobre como declinará na Câmara Municipal sobre a estadia em São Paulo, e o que vai dizer sobre a comunidade luso-brasileira, Domingos Madeira Pinto foi taxativo dizendo que vai expressar o orgulho que sentiu, não só pelo que ouviu das pessoas, mas pelo que transmitem pelo próprio olhar.

“Uma coisa é nós, às vezes, querermos ser simpáticos, outra coisa é fazermos isso de maneira natural, é uma liberdade de movimentos e eu vou fazer questão de enaltecer esta relação e a partir daqui trabalharemos cada vez mais, e penso que estão criadas as condições para não ficarmos só nas intenções, mas lançando agora este trabalho em várias áreas, artísticas, culturais, políticas e econômicas, esses caminhos têm que ser partilhados. Resumindo, só vou dizer bem porque é a verdade”, finalizou agradecendo e elogiando também o jornal Mundo Lusíada pelo empenho na difusão da cultura e na promoção da língua portuguesa.

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