Desafio nacional é que o ano letivo corra bem, diz presidente de Portugal

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tira uma fotografia acompanhado por funcionárias durante uma visita à Escola Básica de Gueifães, na Maia, 15 de setembro de 2020. JOSÉ COELHO/LUSA

Mundo Lusíada
Com Lusa

O Presidente português defendeu na retomada das aulas que o “desafio e missão nacional” é que o ano letivo corra bem porque, se esse não for cumprido com sucesso, não há planos para a economia, saúde e justiça social que funcionem.

“Isto é uma tarefa nacional, todos estamos interessados em que o ano letivo corra bem, é uma missão nacional, não é a missão de um governo, de um partido, de um sindicato, de um patronato, de responsáveis de escolas, de pais, de alunos ou de autoridades sanitárias, é uma missão de todos”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, numa visita à Escola Básica de Gueifães, na Maia, distrito do Porto, acompanhado do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

Assumindo que vai ser um ano letivo “difícil”, o Chefe de Estado frisou que, dentro das suas dificuldades, vai ter de correr “o melhor possível” porque, se assim não for, é o país, as crianças e jovens, os pais, os professores, os auxiliares e os autarcas que perdem o ano.

“Nós vamos ganhar o ano”, afirmou o Presidente da República, acrescentando que todos aqueles que têm uma palavra a dizer, desde alunos, professores, dirigentes, tem de “remar no mesmo sentido transformando aquilo que é um pequeno problema num pequeno problema que se resolve e não num pequeno problema que se converte num grande problema”.

O ano letivo 2020/2021 iniciou a partir deste dia 14 de setembro com o regresso das aulas presenciais, em plena pandemia da covid-19 em Portugal, mas com um conjunto de regras de higiene e segurança para minimizar o contágio.

Corrigir o que não funciona

O Presidente português reconheceu nesta terça-feira, no Porto, que o regresso às aulas vai “ser difícil” e defendeu, que em vez de encerrar escolas, é preciso corrigir o que não vai funcionar bem no arranque do ano.

“Vai ser difícil, não vale apenas escamotear”, afirmou, salientando que a preparação do ano letivo exigiu um “esforço brutal” para professores, diretores, Ministério da Educação, pais e alunos.

O chefe de Estado considerou que este esforço de adaptação é mais fácil numas escolas do que noutras, nomeadamente para os estabelecimentos de ensino com “largas centenas ou mais de mil alunos”.

Para Marcelo Rebelo Sousa, há duas maneiras de encarar a nova realidade: “uma é dizer que é impossível e que o mais fácil é fechar [as escolas]”, o que considera “errado, porque ensino não presencial não é ensino, é uma emergência para uns meses”.

“A resposta há de ser outra: vamos corrigir aquilo que não vai funcionar bem da primeira vez. Corrigir significa ir melhorando, significa onde houver problemas detetá-los rapidamente e em conjunto, professores, pais, autarquias, Estado darem resposta o mais rápido possível”, defendeu, salientando que isso deve ser feito aumentando a capacidade de testagem e de colaboração com as autoridades sanitárias para aumentar a confiança.

E acrescentou: “eu não sou daqueles que iludem as dificuldades, vai ser difícil, vai ser muito difícil, agora vamos tentar enfrentar as dificuldades onde for possível superá-las. Onde não for possível tem de ser ver como é que se corrige”.

Ao início da tarde, numa visita à Escola Básica de Gueifães, na Maia, distrito do Porto, Marcelo Rebelo de Sousa tinha já afirmado que o “desafio e missão nacional” é que o ano letivo corra bem porque, se esse não for cumprido com sucesso, não há planos para a economia, saúde e justiça social que funcionem.

O presidente da República visitou hoje duas unidades hoteleiras no Porto, tendo depois jantado com Associados da APHORT – Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo.

O chefe de Estado, que está a visitar várias regiões do país para escutar os agentes ligados ao turismo, hotelaria e restauração, mostrou-se satisfeito com a eventual abertura de novas linhas de crédito para o turismo, considerando estes incentivos fundamentais.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 929.391 mortos e mais de 29,3 milhões de casos de infecção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.875 pessoas dos 65.021 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: