Cresce a percepção de corrupção em Portugal e na lista estão os políticos

A corrupção provoca um prejuízo de US$ 20 bilhões a US$ 40 bilhões de dólares aos países em desenvolvimento, em todos os anos, diz relatório.

 

Mundo LusíadaCom Portugal Digital

 

Um estudo da Organização Tranparency Internacional revela que 83% dos portugueses dizem sentir que a corrupção em Portugal aumentou e piorou, e 75%, ou seja, três quartos da população, pensam que o combate à corrupção exercido pelas autoridades portuguesas é ineficaz.

Os dados constantes do Barômetro Global da Corrupção, revelados dia 9 de dezembro pela imprensa portuguesa, mostram que 3% dos portugueses assumem que no último ano subornaram alguém.

Em declarações ao jornal Público, a magistrada Maria José Morgado, diretora do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), diz que a corrupção evoluiu em Portugal "como se fosse um vírus, em metástases em quase todas as funções do Estado".

No quesito relativo aos organismos mais suspeitos de praticarem corrupção ou mais suscetíveis à corrupção, aparecem no topo da lista dos mais suspeitos de praticarem corrupção os partidos políticos e, em segundo lugar, o Parlamento.

O relatório mostra ainda que dos mais de 500 condenados por corrupção, nos últimos anos, apenas 50 foram condenados a prisão efetiva.Os tribunais condenaram cerca de 500 pessoas, nos últimos dez anos, por atos de corrupção, com penas alternativas à de prisão efetiva, grande parte delas, com pena suspensa. Seguno estatísticas do Ministério da Justiça, além da corrupção, há o aumento dos condenados em casos de peculato e participação econômica em negócio.Prejuízos anuais de US$ 40 bilhõesA corrupção provoca um prejuízo de US$ 20 bilhões a US$ 40 bilhões de dólares aos países em desenvolvimento, todos os anos. A conclusão é de especialistas no combate à corrupção de todo o mundo que participam de um encontro do Banco Mundial, em Washington.

É a primeira vez em que a instituição discute o assunto em um encontro internacional, que tem o objetivo de reforçar a aplicação das leis anticorrupção e o julgamento de casos de suborno e apropriação indevida de fundos.

O Banco Mundial também quer que os governos tenham atuação mais forte para recuperar o dinheiro roubado por meio de corrupção. O encontro está sendo apoiado pelos governos da Austrália, da Noruega e da Dinamarca. Mais de 200 membros da chamada Aliança Internacional de Caçadores da Corrupção participaram do evento.

De acordo com os especialistas reunidos em Washington, a corrupção é, também, um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento socioeconômico dos países. Na semana passada, o Banco Mundial publicou uma lista com o nome de 14 empresas que foram excluídas de negócios com projetos financiados pelo órgão devido a casos de corrupção.

 

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