Com 41 casos de coronavírus, Portugal suspende atividades em museus e monumentos

Mundo Lusíada
Com Lusa

Nesta manhã, o número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus que causa a doença Covid-19 subiu para 41, mais dois do que os contabilizados na segunda-feira, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado nesta terça-feira, há 375 casos suspeitos, dos quais 83 aguardam resultado laboratorial.

Segundo a DGS, há ainda 667 contatos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Diante deste quadro, a Direção-Geral do Patrimônio Cultural (DGPC) deu orientações aos museus, monumentos e palácios na sua dependência para que fossem suspensas todas as atividades públicas, quer aconteçam em locais fechados ou abertos.

Num comunicado da Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, em Lisboa, pode ler-se que, “em face das circunstâncias atuais”, foram recebidas da DGPC diretivas que obrigam os equipamentos “a suspender, ou cancelar, eventos ou iniciativas públicas, realizados quer em locais fechados quer em locais abertos ao público.”

Contactada pela Lusa, fonte oficial da DGPC confirmou que a diretiva diz apenas respeito às atividades programadas, sem impacto, por enquanto, no acesso dos visitantes aos respectivos espaços.

A decisão abrange museus e monumentos como o Museu Nacional de Arte Antiga ou o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, assim como o Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu, o Convento de Cristo, em Tomar, entre muitos outros.

No contexto desta decisão, o impacto estendeu-se a entidades como o Cineclube do Porto, na Casa das Artes, que cancelou atividades e a programação de março.

Também o grupo Porto Editora anunciou ter suspendido todas as atividades públicas até ao final de março, incluindo as “dezenas de visitas de escritores a escolas”, as provas distritais da segunda fase do Campeonato Nacional de Literacia 3Di, assim como as visitas de escolas à Unidade Gráfica da Maia.

Em comunicado, a Porto Editora realçou ainda que, “após o período de quarentena definido de acordo com as orientações da DGS [Direção-Geral da Saúde], os trabalhadores que se encontravam em isolamento domiciliário regressaram hoje ao trabalho, sendo de saudar o fato de todos eles se encontrarem bem de saúde”.

A editora lamenta, no entanto, que o estado do escritor Luis Sepúlveda, infectado com o novo coronavírus e que passou pelo Correntes d’Escrita, na Póvoa de Varzim, continue a inspirar cuidados.

A nível nacional, o executivo recomendou a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas, e de eventos à porta fechada com mais de 1.000 participantes. A Meia Maratona de Lisboa já foi adiada, e a feira do queijo Serra da Estrela, que seria no fim de semana, cancelada.

O teste realizado nesta segunda-feira ao Presidente de Portugal ao novo coronavírus deu negativo, mas apesar de continuar sem sintomas viróticos, o presidente vai trabalhar em casa até completar duas semanas de isolamento.

Diversas instituições de ensino fecharam as portas para evitar a propagação do vírus. As universidades de Lisboa e Coimbra decidiram suspender todas as aulas presenciais com efeitos imediatos e por um período de duas semanas.

A epidemia de Covid-19 foi detectada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.

Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

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