Chefes de Estado participam de cerimônia na abertura de fronteira Portugal-Espanha

Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, o rei de Espanha, Felipe VI, primeiro-ministro português, António Costa, e o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, no terraço do Castelo Elvas. NUNO VEIGA/LUSA

Da Redação
Com Lusa

Neste dia 01, a reabertura da fronteira entre Portugal e Espanha foi assinalada pelos chefes de Estado e de Governo dos dois países, em cerimônias em Badajoz e Elvas, com hinos nacionais e palmas, sem discursos oficiais.

As cerimônias tiveram início pelas 09:45 de Portugal (10:45 em Espanha), no Museu Arqueológico situado na Alcáçova de Badajoz, e terminaram cerca de uma hora e meia depois, no Castelo de Elvas, no distrito de Portalegre.

Em cada um dos lados da fronteira, foram executados os hinos português e espanhol, perante o Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, o rei de Espanha, Felipe VI, primeiro-ministro português, António Costa, e o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez.

Devido à pandemia de covid-19, por decisão conjunta, a fronteira luso-espanhola esteve encerrada durante três meses e meio, entre os dias 17 de março e 30 de junho, com pontos de passagem exclusivamente destinados ao transporte de mercadorias e a trabalhadores transfronteiriços.

Na Alcáçova de Badajoz, os chefes de Estado e de Governo ouviram os dois hinos nacionais, executados pela Orquestra da Estremadura, dispostos num estrado, com bandeiras de Portugal e de Espanha por trás, e no final bateram palmas.

Em seguida, Marcelo Rebelo de Sousa, Felipe VI, António Costa e Pedro Sánchez colocaram máscaras de proteção e caminharam alguns metros até à beira da fortaleza, voltando-se para Portugal.

Uma cerimônia idêntica realizou-se, mais tarde, no Castelo de Elvas, onde Marcelo Rebelo de Sousa, Felipe VI, António Costa e Pedro Sanchéz fizeram um curto percurso a pé, com um desvio para cumprimentar algumas pessoas que lhes acenavam, contidas por baias.

Em Elvas, foi a Banda da Armada que executou os hinos nacionais dos dois países e no final os chefes de Estado e de Governo voltaram a bater palmas.

A cerimônia em território português ficou concluída com uma nova “foto de família” num miradouro de onde se avista Espanha, junto ao qual os quatro conversaram mais longamente, e por momentos sem máscara.

Balanço

Trinta e seis pessoas foram detidas e perto de 6.800 foram impedidas de entrar em Portugal nos três e meses em que as fronteiras com Espanha estiveram encerradas, segundo o Ministério da Administração Interna (MAI).

Segundo o MAI, o SEF controlou um total de 882.958 pessoas nas fronteiras com Espanha, 6.790 dos quais foram impedidos de entrar no país e 36 foram detidos.

O Ministério tutelado por Eduardo Cabrita avança que o PPA onde mais pessoas foram controladas foi o de Valença, no distrito de Viana do Castelo, com um total de 339.634, seguido de Caia, Elvas (136.047), Vilar Formoso, Guarda (111.363), Vila Verde da Raia, Chaves (106.918), Castro Marim, Faro (66.507), Vila Verde de Ficalho, Beja (34.247), Quintanilha, Bragança (34.225), Termas de Monfortinho, Castelo Branco (18.401), Marvão, Portalegre (9.363).

Durante estes cerca de três meses e meio, a Guarda Nacional Republicana fiscalizou 785.166 viaturas no âmbito desta operação e deteve 46 pessoas pela prática de diversos crimes.

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