Artistas assinam manifesto contra Bolsonaro, manifestantes apoiam candidato em Lisboa

Brasileiros em ato de apoio a Bolsonaro em Lisboa.

Mundo Lusíada
Com Lusa

Mais de 300 artistas, intelectuais, cientistas e empresários brasileiros assinaram um manifesto contra o candidato de extrema-direita, Jair Bolsonaro, que lidera as intenções de voto das eleições presidenciais do Brasil marcadas para outubro.

Personalidades como os cantores Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque assinaram o documento contra o candidato do Partido Social Liberal (PSL), que foi classificado por eles como uma ameaça à “herança civilizacional” do Brasil.

“Mais do que uma eleição política, a candidatura de Jair Bolsonaro representa uma ameaça franca ao nosso patrimônio civilizacional primário. É necessário rejeitar a normalização e unir forças na defesa da liberdade, da tolerância e destino coletivo entre nós”, diz o manifesto, chamado “Democracia sim”, que foi publicado esta segunda-feira nas redes sociais.

O manifesto adverte que “líderes fascistas, nazistas e vários regimes autocráticos” da história foram originalmente eleitos com a promessa de “resgatar a autoestima e a credibilidade da nação antes de subordiná-las aos mais variados desmandos autoritários”

O mesmo texto defende que a população brasileira deve saber que “em momento de crise, é preciso ter a clareza máxima da responsabilidade histórica das escolhas que fazemos”.

Os signatários do manifesto afirmam ainda que vão defender a democracia em qualquer situação. “Nós estávamos juntos na construção democrática do Brasil e precisamos saber como defendê-lo agora”, diz o documento.

Manifestações

Enquanto isso, um grupo de manifestantes brasileiros se reuniu para apoiar o candidato Bolsonaro no último dia 16 em Lisboa. Membros da comunidade brasileira, a maior comunidade imigrante no país, se reuniram para o ato no Largo do Rossio.

O antigo capitão do exército brasileiro foi alvo de um atentado há duas semanas e está hospitalizado após ter sido esfaqueado numa ação de campanha, em Juiz de Fora, estado de Minas Gerais.

Internado no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, segundo boletim médico, ele teve alta da unidade de terapia semi-intensiva no último sábado, e permanece em quarto no hospital, os exames laboratoriais estão estáveis e com boa evolução clínica.

Apesar dos problemas de saúde, que o impediram de fazer campanha nas ruas, Bolsonaro é o favorito para as eleições de 7 de outubro, e lidera as intenções de voto com 28% de apoio dos eleitores.

Idolatrado por seus partidários que apelidaram-no de o “mito”, o candidato de extrema-direita é alvo de críticas de mulheres e defensores dos direitos humanos por seus excessos machistas, racistas e homofóbicos.

Movimentos de mulheres e ligados à defesa de minorias e dos direitos humanos planejam realizar dezenas de protestos na próximo sábado, contra Jair Bolsonaro. A mobilização, que se denomina apartidária e espontânea, começou dentro um grupo de mulheres na rede social Facebook, contra o “machismo, misoginia e preconceitos representados pelo candidato”.

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