Arlindo Chinaglia, novo presidente da Câmara, quer ouvir líderes partidários

Wilson Dias/ABr

O deputado Arlindo Chinaglia (PT) assume a Presidência da Câmara dos Deputados.

Chinaglia foi eleito o novo presidente da Câmara para o biênio 2007-2008, ao vencer Aldo Rebelo (PCdoB-SP) no segundo turno por 18 votos de vantagem: 261 contra 243. Seis deputados votaram em branco. No primeiro turno, Arlindo Chinaglia saiu na frente dos outros dois candidatos, com 236 votos. Aldo Rebelo ficou em segundo, com 175. O candidato Gustavo Fruet (PSDB-PR) teve 98 votos e foi eliminado.

De acordo com o deputado Henrique Fontana (PT-RS), líder do partido na Câmara, já era conhecida a dificuldade de se ganhar em primeiro turno, já que integrantes do PT estão buscando apoio de partidos como PSDB e PFL, por existirem neles diversos deputados que “apesar de fazerem oposição ao governo, respeitam a proporcionalidade" afirmou.

Durante entrevista coletiva, Chinaglia prometeu democracia nesta sua gestão. "Vou fazer uma gestão democrática, ouvindo os líderes e, claro, fazendo valer a posição da presidência de maneira adequada". Indagado se iria iniciar logo o diálogo com a oposição, reiterou: "É dever da Presidência da Câmara se relacionar institucionalmente com todas as bancadas, deputados e deputadas".

O deputado do PT (Partido dos Trabalhadores) contou que recebeu, na noite da votação, um telefonema do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o cumprimentou pela vitória. "Fiquei feliz com o telefonema e disse a Lula que quero fazer uma visita a ele e também ao Supremo", relatou.

Sobre o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), aprovado no Congresso Nacional e anunciado pelo presidente Lula em 22 de janeiro, Chinaglia disse que facilitará a capacidade de articulação dos partidos. "Eu espero que o exercício que eu tive na liderança do PT e do governo valha como experiência neste momento. Vou colocar essa experiência em prática com vistas a votar o PAC", acrescentou. Chinaglia também afirmou, em relação aos subsídios dos parlamentares, que promoverá o aumento buscando recuperar as perdas com a inflação. Eleição Pela primeira vez, a votação para a Mesa Diretora da Câmara foi eletrônica. Antes, ela era realizada em cédulas de papel, o que dificultava a votação e a apuração dos votos. O processo, que já chegou a durar 14 horas em outras ocasiões, desta vez foi concluído em pouco mais de quatro.

A apuração dos votos foi rápida, durava apenas alguns segundos. Entre o primeiro e o segundo turno, não deu tempo sequer para os dois candidatos mais votados, Chinaglia e Aldo, costurarem acordos no sentido de garantir votos. A apuração dos demais cargos da mesa (vice-presidências, secretarias e suplências) ainda não ocorreu.

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