Aposta de Portugal para futuro está em Energias, diz Sócrates

 

Da Redação

Agencia Lusa

Na sexta, 31 de agosto, o primeiro-ministro português, José Sócrates, definiu as energias eólica e hídrica como a aposta de Portugal para o futuro, apontando a barragem do Baixo Sabor como “a decisão política mais simbólica” neste âmbito.

A barragem do Baixo Sabor, no distrito de Bragança, norte de Portugal, será a primeira a articular as energias eólica e hídrica, armazenando a energia excedente da exploração do vento. Contribuirá também para diminuir a dependência energética de Portugal, aumentar as reservas de água e para a redução de emissões de CO2.

“Não temos petróleo, mas temos vento e água” disse o primeiro-ministro, na localidade de Torre de Moncorvo, na apresentação do aproveitamento hidrelétrico do Baixo Sabor.

A barragem, que esteve envolvida num impasse ambiental que se arrastou por dez anos, foi apontada por Sócrates como “um projeto verdadeiramente estratégico para o país” por simbolizar a estratégia lusa em matéria energética.

Gás da Argélia e petróleo venezuelano A sessão pública de apresentação do projeto contou também com a presença do ministro da Economia, Manuel Pinho, que antecedeu a comparação dos recursos naturais feita pelo primeiro-ministro.

“O que seria se a Argélia não explorasse o seu gás, e a Venezuela o seu petróleo. Portugal não estava a aproveitar a água e o vento”, disse o ministro, que afirmou ainda que em dois anos já foi feito mais nesta matéria do que nos últimos 20.

O ministro da Economia sublinhou que 2007 será um ano histórico no setor energético com o lançamento de mais 820 MW de capacidade hídrica nacional, num investimento total de 800 milhões de euros.

De acordo com os responsáveis, esta barragem, orçada em 354 milhões de euros, aumentará em 50% a potência instalada. O projeto é considerado com características únicas por contemplar uma reserva de água de emergência, a duplicação de armazenamento do Douro e contribuir para o controle das cheias neste rio de que é afluente o rio Sabor.

A barragem do Sabor vai conseguir, segundo António Mexia, controlar em um metro e meio o caudal do Douro em caso de cheias, “o que significa a diferença entre as pessoas terem a água à porta ou junto ao frigorífico”.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: