Após renúncia, Parlamento elege presidente da África do Sul

ARQUIVO Presidente de Moçambique, Armando Guebuza (D) cumprimenta o Presidente da África do Sul, Jacob Zuma (E), à chegada para um encontro no Palácio Presidencial, em Maputo, Moçambique, em 2011. ANTONIO SILVA/LUSA

Da Redação
Com Lusa

O Parlamento sul-africano elegeu, nesta quinta-feira, Cyril Ramaphosa como Presidente da África do Sul, após a demissão de Jacob Zuma, numa sessão sem a presença de dois dos principais partidos da oposição.

Ramaphosa, líder do Congresso Nacional Africano (ANC, no poder desde 1994) e vice-presidente da África do Sul até quarta-feira, foi empossado pelo presidente do tribunal Constitucional sul-africano, Mogoeng Mogoeng, numa sessão extraordinária do Parlamento.

O novo Presidente da África do Sul, o quinto desde que o ANC chegou ao poder, era o único candidato à sucessão de Zuma, depois de dois partidos da oposição terem indicado que não participariam na sessão.

Desde 1994 que o ANC tem obtido a maioria absoluta no Parlamento, tendo sido presidido sucessivamente por Nelson Mandela (maio de 1994 a junho de 1999), Thabo Mbeki (junho de 1999 a setembro de 2008), Kgalema Motlanthe (interino, setembro de 2008 a maio de 2009) e Jacob Zuma (maio de 2009 a fevereiro de 2018).

Jacob Zuma, anunciou a demissão do cargo, “com efeitos imediatos”, acatando as ordens do partido, o Congresso Nacional Africano (ANC).

“Decidi demitir-me do cargo de Presidente da República com efeitos imediatos, apesar de discordar da direção do meu partido”, afirmou Zuma, numa declaração ao país transmitida pela televisão.

A declaração foi feita horas depois de Zuma ter recusado ceder à exigência do partido, que na segunda-feira lhe deu 48 horas para se demitir, e afirmado que aceitaria contudo a decisão do Parlamento, que tem previsto votar na quinta-feira uma moção de censura.

Zuma, 75 anos, tem estado sob intensa pressão para ceder poder ao seu vice-Presidente e novo líder do ANC, Cyril Ramaphosa.

Jacob Zuma, no poder desde 2009, enfrenta acusações de corrupção e favorecimento indevido de empresários de quem é amigo, em prejuízo da Economia sul-africana.

Esta semana, a África do Sul  também declarou estado de catástrofe natural em todo país por conta da seca.

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