Após apelo do presidente, Banco Alimentar contra a Fome recolhe 2.146 toneladas de alimentos

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enquanto percorria os corredores do hipermercado Continente, no centro comercial Colombo, enchendo dois carrinhos de compras com produtos alimentares para a campanha do Banco Alimentar contra a Fome, 01 de dezembro de 2018. INÁCIIO ROSA/LUSA

Mundo Lusíada
Com Lusa

Em Portugal, o Banco Alimentar contra a Fome recolheu 2.146 toneladas de alimentos durante o fim de semana da campanha nacional que decorreu em mais de duas mil superfícies comerciais.

Em declarações à Lusa, a presidente do Banco Alimentar contra a Fome, Isabel Jonet, afirmou que a campanha “foi fantástica”, e acrescentou que só em Lisboa foram recolhidas 557 toneladas, “mais 30 toneladas por dia que no ano anterior”.

No sábado, primeiro dia da campanha, a responsável indicou que tinham sido recolhidas 1.059 toneladas de alimentos. As 2.146 toneladas serão entregues, na próxima semana, a 2.600 instituições de solidariedade social, que os entregam a cerca de 400 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, indicou o Banco Alimentar contra a Fome, em comunicado.

“Agradecemos aos muitos milhares de doadores de alimentos, a todos os voluntários e às inúmeras empresas e entidades que tornaram possível esta campanha, dando assim uma vez mais um contributo inestimável que permite aos Bancos Alimentares continuarem a acudir a muitos dos nossos concidadãos mais necessitados. Tudo somado, embora não possamos ainda fazer um balanço final, pois a campanha decorre online até 09 de Dezembro, os resultados são muito positivos”, referiu Isabel Jonet, na mesma nota.

O Banco Alimentar contra a Fome agradeceu ainda visita, no sábado, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, às instalações do Banco Alimentar, em Lisboa, na companhia do presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca.

Rodeados de dezenas de voluntários, os dois chefes de Estado ajudaram, já de madrugada, a desensacar alimentos. “É uma obra nacional, que está acima de tudo, governos, oposições, partidos, sensibilidades, setores sociais, mobiliza 40 mil voluntários, na maioria esmagadora jovens”, afirmou Rebelo de Sousa.

A campanha do Banco Alimentar contra a Fome contou com o apoio de mais de 40 mil voluntários.

O chefe de Estado de Cabo Verde referiu tratar-se de “uma simpatia do Presidente Rebelo de Sousa”.

“Estamos a vir da Gala Cabo Verde Sucesso, uma grande festa e ele convidou-me de um momento para o outro para vir com ele ver esta experiência fantástica pela amplitude destes gestos de solidariedade. Estou sobretudo impressionado pela quantidade de jovens que isto mobiliza, a estas horas, entusiasmados, cantam, fazendo essa campanha contra a fome”, disse.

Supermercado

“Quem mais tem, mais tem obrigação tem de dar”, disse Marcelo, enquanto percorria os corredores do hipermercado Continente, no centro comercial Colombo, enchendo dois carrinhos de compras com produtos alimentares para a campanha do Banco Alimentar contra a Fome. “Eu tenho mais obrigação porque sou favorecido, sou privilegiado, e quem é privilegiado tem de dar mais”, reforçou.

Durante mais de uma hora e meia, o Presidente foi enchendo dois carrinhos, com feijão, arroz, atum, salsichas, massas, papas, leite e água, num total de mais de 220 euros de produtos, antes da entrega ao Banco Alimentar.

“A ideia é chamar a atenção dos portugueses que podem dar uma pequena ajuda, que somada é uma grande ajuda para quase meio milhão de pessoas; temos de começar por diminuir a pobreza e diminuir o risco de pobreza”, salientou o Presidente da República, que foi abordado por mais de 50 pessoas para tirar as já famosas selfies.

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