Acordo de Esquerda divulgado em simultâneo com programa do Governo

Da Redação
Com Lusa

Antes, os socialistas estiveram reunidos com a esquerda, com representantes do PCP. António Costa e Jerónimo de Sousa no final do encontro na sede do PCP, 07 outubro em Lisboa. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
Socialistas estiveram reunidos com representantes do PCP. António Costa e Jerónimo de Sousa, em 07 outubro em Lisboa. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

A apresentação do acordo entre PS, PCP, Bloco de Esquerda e “Os Verdes” para a formação de um executivo alternativo estará associada à discussão do programa de Governo da coligação PSD/CDS-PP, dias 09 e 10 de novembro.

Este calendário foi referido aos jornalistas Por Carlos César, eleito presidente do Grupo Parlamentar do PS, no final da primeira reunião da bancada socialista por si presidida.

“Dias 09 e 10 [de novembro], o PS demonstrará que, não sendo a alternativa de Governo PSD/CDS aquela que se deseja para o país, há uma outra mais coerente, mais estável e mais duradoura. O acordo [entre as forças da esquerda parlamentar] ficará associado ao momento em que vamos apreciar o programa de Governo”, declarou o presidente dos socialistas.

Perante a insistência dos jornalistas na questão da divulgação do acordo entre as forças da esquerda parlamentar, Carlos César frisou que esse acordo para a formação de um Governo alternativo “ficará associado ao debate que vai ocorrer sobre o programa de Governo” da coligação PSD/CDS-PP.

“Será um acordo transparente. Demonstrará ao país e a todas as instituições envolvidas nos processos de decisão próximos que há uma alternativa estável, duradoura, respeitadora dos compromissos nacionais e que não é só um acordo de investidura, mas também um acordo de legislatura”, acentuou o presidente do PS, aqui numa alusão ao Presidente da República.

Perante os jornalistas, Carlos César afirmou que o PS “garantirá uma conduta responsável e assente na melhor interpretação do interesse nacional”.

“O PS só inviabiliza a constituição de um Governo que seja liderado pela coligação PaF (Portugal à Frente) existindo uma alternativa sólida e consolidada de Governo. Ou seja, o PS não deixa o país sem Governo. Estamos em condições de reiterar perante o país que essa alternativa de Governo existe, que o país terá Governo e que a vontade do parlamento deve ser sempre respeitada”, declarou o presidente do PS.

Carlos César criticou depois “a demora” no processo de constituição do Governo, “que agora foi atrasado pela decisão do Presidente da República” no sentido de indigitar o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, para formar novo executivo.

“Agora é preciso ultrapassar rapidamente este processo. A discussão do programa de Governo só ocorrerá nos dias 09 e 10 de novembro, é mais um tempo desnecessário fica à espera e em que as instituições internacionais nos observam aguardando um desfecho”, acrescentou.

O Governo de PSD/CDS tomará posse na próxima sexta-feira, pelo Presidente da República, e apresentará o programa pouco mais de uma semana depois, nos dias 9 e 10, segunda e terça-feira, respectivamente.

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