10 de junho na Madeira contribuiu para “dissipar dúvidas” sobre as autonomias – Miguel Albuquerque

Da redação com Lusa

O chefe do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, considerou que o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa nas comemorações do Dia de Portugal, no Funchal, correspondeu às expectativas, vincando a importância de “dissipar dúvidas” sobre a autonomia.

“Foi um discurso em consonância com aquilo que eram as expectativas. O senhor Presidente tem e vai continuar a ter um papel muito importante, na projeção de Portugal atlântico”, disse, reforçando que as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas correram “muito bem” e foram um ato de pedagogia perante a opinião pública nacional.

“Tudo o que contribua para dissipar quaisquer dúvidas relativamente às virtualidades da autonomia, enquanto instrumento de afirmação e desenvolvimento das regiões, é muito bom”, declarou, após a cerimônia militar, na Praça da Autonomia.

E sublinhou: “É também fundamental haver esta pedagogia perante a opinião pública nacional de que as autonomias são um instrumento privilegiadíssimo e uma das grandes conquistas da democracia para promover o desenvolvimento de Portugal no Atlântico.”

Miguel Albuquerque, que lidera o executivo de coligação PSD/CDS-PP, sublinhou que o Presidente da República desempenha um “papel relevantíssimo” em termos da influência da opinião pública e das decisões do Estado, nas quais as regiões autônomas assumem um “papel de vanguarda” na política do mar, reforçando que o seu discurso correspondeu às expectativas.

Marcelo Rebelo de Sousa apelou no seu discurso do 10 de Junho a que se reconstrua “o tecido social ferido pela pandemia” e não se desperdice fundos europeus transformando-os numa “chuva de benesses para alguns”.

O chefe de Estado pediu também que se aposte mais no mar e se criem melhores condições de voto para os emigrantes, deixou a seguinte mensagem antes de elencar estes objetivos, sem nomear ninguém: “Portugueses, não serão as imensidades destes desafios que nos vão desviar do nosso futuro. Que se desenganem os profetas da nossa decadência ou da nossa finitude”.

PSD

Também o presidente do PSD destacou a referência feita pelo Presidente da República à necessidade de integração dos imigrantes no país, que considerou ser “historicamente de emigrantes”, no discurso do Dia de Portugal.

“Faz [Presidente da República] um sublinhado, que notei, que é a forma como integramos os imigrantes, com i, nós que somos um país historicamente de emigrantes”, disse Rui Rio numa conferência de imprensa realizada no sede do partido, no Porto.

O social-democrata referiu que o país também gosta que os compatriotas que estão fora sejam bem tratados e valorizados face ao trabalho que desempenham.

O líder do PSD salientou estar de acordo com o “impulso” que o chefe de Estado deu e procura dar aos portugueses para saírem da situação que a pandemia de covid-19 causou com o auxílio do dinheiro europeu.

O chefe de Estado defendeu “ainda mais sentido humano” no acolhimento dos emigrantes que regressam ao país e dos imigrantes, “uns e outros tantas vezes esquecidos”.

No seu discurso no Funchal, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou: “Esta terra de emigração, de partida, impõe-nos que levemos mais longe o que nos liga às nossas comunidades dispersas pelo universo que tanto prestigiam Portugal”.

“É necessário prosseguir e melhorar o que já fizemos no ensino da língua de Camões, na proteção social, nas condições efetivas para que os passos enormes já dados no voto, desde os tempos em que se negava esse voto nas presidenciais, de modo a não se tenha de percorrer milhares de quilômetros para o exercer, que prossigamos e melhoremos o que já fizemos”, acrescentou.

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