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Um relatório da Organização Mundial da Saúde – OMS divulgado na quinta-feira, 23 de agosto, sugere que as doenças infecciosas estão se alastrando mais rápido do que nunca pelo mundo. O documento foi apresentado em Genebra, na Suíça, pela diretora-geral da OMS, Margaret Chan.
O estudo “Um Futuro Mais Seguro: Segurança em Saúde Pública Global no Século 21”, propõe uma maior cooperação internacional para detectar e combater a ameaça de doenças.
Segundo a agência da ONU, pelo menos 39 novas infecções foram identificadas nos últimos 40 anos, entre elas a gripe aviária, a Aids, e o vírus Ebola.
O médico do Departamento de HIV/Aids da Organização Mundial da Saúde, Marco Vitória, falou à Rádio ONU, de Genebra, que a mobilidade maior das pessoas também causa o aumento no risco de contaminação.
“Trata-se de um fenômeno causado principalmente pela globalização das atividades humanas. Com isso, favorece o contato maior dos povos e certamente doenças, que, às vezes, estavam circunscritas ou limitadas a certas regiões geográficas, e que passam a ser mais facilmente transportadas para outras regiões, podendo provocar doenças desconhecidas até então noutros locais, aumentando portanto a prevalência global dessas doenças”, disse.
A OMS lembra que mais de 2 bilhões de pessoas por ano viajam de avião, o que facilita o alastramento de infecções.
O relatório sobre saúde pública em 2007 destaca ainda formas resistentes de doenças antigas como por exemplo, malária e tuberculose.
Nos últimos cinco anos, especialistas da OMS registraram mais de mil epidemias no mundo. A diretora-geral da OMS, Margaret Chan disse que a segurança da saúde pública internacinal é responsabilidade de todos.