Vinho Verde, a estrela dos vinhos portugueses

Da Redação

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Os seis melhores vinhos entre os Melhores Verdes 2013 são Aroma das Castas (branco), Regueiro Secreto (Alvarinho), Quinta de Valetruto (Arinto), Quinta da Lixa (Loureiro), Casa da Senra (Loureiro) e Casa de Vilacetinho (Loureiro), todos da colheita de 2012. O anúncio foi feito em 31 de maio, pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), num jantar de gala no Palácio da Bolsa, no Porto, que juntou 350 convidados e contou com a presença do secretário de Estado português da Agricultura, José Diogo Albuquerque. Ao todo, foram premiados 91 vinhos, 12 dos quais com ouro, 13 com prata e 58 com o troféu Verde Honra.

Para o presidente da CVRVV, “a região fez uma profunda mas tranquila revolução nos últimos anos”, razão pela qual “o Vinho Verde é, hoje, a grande estrela dos vinhos portugueses por esse mundo fora, nomeadamente nos Estados Unidos”, primeiro mercado de exportação, com nove milhões de euros em vendas em 2012.

Dirigindo-se aos produtores, convidados e ao secretário de Estado da Agricultura presentes na gala dos Vinhos Verdes, Manuel Pinheiro reconheceu que “a CVRVV acertou quando decidiu apostar no Alvarinho, no Loureiro, no Vinhão ou no Espadeiro” e mostrou-se “orgulhoso” pelos resultados obtidos em 2012 nas vendas. “Fechamos 2012 como o maior ano de sempre de exportações, compensando bem as limitações do mercado nacional. Nunca se exportou tanto Vinho Verde e, acima de tudo, nunca tantos exportaram Vinho Verde”, garantiu.

O presidente da CVRVV também sublinhou que “os Vinhos Verdes se afirmam, cada vez mais, pela diferenciação face a outros vinhos” e deu o exemplo do sucesso ocorrido na última edição da maior feira de vinhos do mundo, a PROWEIN, cujo stand da região “foi intensamente procurado” por especialistas internacionais do setor, e da “crescente conquista de prêmios de prestígio mundial que os vinhos da região têm vindo a obter, lado a lado com vinhos de todas as partes do globo”.

Já a pensar no futuro, Manuel Pinheiro defendeu que “a região precisa garantir a rentabilidade do setor agrícola”, o que passa, entre outros aspectos, por “assegurar a continuidade do seguro de colheitas” – o único do gênero existente em Portugal, abrangendo cerca de 22 mil produtores, num investimento de cerca de meio milhão de euros –, por “manter a atividade de promoção” da CVRVV nos mercados externos e ainda por “não deixar fugir os apoios do próximo quadro comunitário”.   O presidente da CVRVV também não esqueceu “o papel importante do Estado” na criação de uma “base agrícola sólida a produzir uvas de qualidade”, numa clara alusão ao combate à Flavescência Dourada, apoiando os produtores na execução de um plano nacional de erradicação do inseto portador de uma doença disseminada pelas regiões norte e centro do país.

Premiação
O júri internacional foi constituído por Rebecca Murphy (EUA), Romana Echensperger (Alemanha), Carlos Cabral Mello (Brasil), Julian Hitner (Canadá), Jan Rosborn (Suécia), Susana Forbes (Reino Unido) e Thomas Vaterlaus (Suíça), a que se juntou um representante do mercado português, Luís Lopes.

A Quinta da Lixa, localizada na sub-região do Sousa, com 10 hectares de vinha, está representada com dois vinhos nos Best Of: o Aroma das Castas branco, um blend Alvarinho/Trajadura já premiado internacionalmente no Concurso Mundial de Bruxelas, e o Quinta da Lixa Loureiro, obtido a partir exclusivamente da casta que lhe dá nome.

Outro Loureiro premiado pelo júri internacional é o Casa de Vilacetinho, produzido em Alpendorada, na sub-região de Amarante, numa propriedade de 30 hectares de vinha que também alberga uma elegante e histórica casa dos séculos XVII e XVIII: a Casa de Vilacetinho. Dos Arcos de Valdevez, na sub-região do Lima, veio um vinho monovarietal da casta Loureiro também galardoado com o troféu Best Of: o Casa da Senra, produzido pela Abrigueiros.

O estatuto do Alvarinho, casta carismática da região dos Vinhos Verdes, é defendido pelo Regueiro Secreto, produzido, na sub-região de Monção e Melgaço, na Quinta do Regueiro, em Alvaredo, com uma área de seis hectares, unicamente destinada à produção de Alvarinho. Produzido por José Manuel Bernardes, em Castelo de Paiva, na sub-região de Paiva, o Quinta de Valetruto é a único Arinto a ser escolhido pelo júri internacional para pertencer ao lote dos melhores entre os melhores do concurso da CVRVV.

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