Na rotina das padocas, são os padeiros que movimentam a cidade

Da Redação

Que o paulista é apaixonado por pães não é novidade. Não por acaso, o estado lidera o ranking de padarias no Brasil, com nada menos que 14.040 padocas registradas.

Por trás de cada pãozinho que chega à mesa dos paulistas, está a figura popular e indispensável dos padeiros. São eles os grandes homenageados da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria – ABIP em dezembro.

“Os padeiros são a verdadeira força motriz da indústria de panificação e confeitaria. Estamos muito felizes de reconhecer e homenagear esses profissionais dos quais nos orgulhamos profundamente”, afirma José Batista de Oliveira, presidente da ABIP.

Em um cenário no qual a venda de produtos de fabricação própria se torna cada vez mais importante para as padarias, a relevância de um bom padeiro é ainda maior. Em 2018, esse tipo de vendas cresceu 5,87% em relação ao ano anterior.

“A produção de fabricação própria vem sendo cada vez mais o ponto de apoio das padarias, com participação crescente no faturamento. Assim, contar com um bom padeiro é vital e indispensável para os negócios”, reforça Batista.

A profissão que alimenta também faz girar a economia. Embora não haja dados específicos sobre o número de padeiros no estado, estima-se que o setor gere 920 mil empregos diretos e 1,8 milhões de vagas indiretas nas 70 mil padarias e confeitarias registradas no Brasil.

Segundo o último levantamento oficial, de 2017, cada padaria mantém, em média, 12 profissionais (área de produção e loja) contratados para atender as demandas diárias dos clientes que chegam em busca dos produtos fresquinhos.

“É de uma felicidade muito grande ser reconhecido no que se faz. Como padeiro, as pessoas se alimentam do pão e levam um pouco do nosso esforço e amor pela profissão junto. Um pão gostoso, bem feito, traz alegria”, garante Antônio Ribeiro, que sai de casa há 31 anos para produzir seus pães, numa padaria da zona sudeste da grande São Paulo.

Também para Elias Camilo Silva já completa 33 anos na panificação. “Comecei como ajudante e me encantei completamente. Ficava e ainda fico maravilhado com a produção artesanal, isso de colocar a mão na massa. E não tem coisa que hoje eu não faça, pães rústicos, ciabatta, panettone, pães doces…”, disse, sem se esquecer do pão francês, o carro chefe da casa.

“A estrela da padaria, com certeza. O verdadeiro pão francês quando você tira do forno ele tem uma música: “croc, croc”, a crocância. É assim que sabemos que ele está gostoso e é o momento que me dá mais prazer fazendo o que escolhi fazer”.

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