Para falarmos de vinho, precisamos antes entender a trajetória desta magnífica bebida. Historicamente, existem registros arqueológicos que o vinho existe há cerca de 6000 aC, registros encontrados na Turquia, Geórgia e Armênia.
Com o decorrer da história, esta bebida teve grande expressão na economia, na saúde e forte religiosidade. O fato de ser uma das primeiras criações da humanidade faz com que cada garrafa tenha sua própria origem, fazendo com que o fascínio aumente entre as pessoas.
Quando Jesus diz: “Eu sou a videira e vós sois os ramos” (João 15, 5), eu comparo nesta frase o sofrimento da videira e de Jesus para que consigam frutos de qualidade.
A videira é uma planta de origem trepadeira que recebe pouca água, para que seu fruto atinja a quantidade certa de açúcar, o qual se transformará em álcool em sua fermentação. O solo e subsolo para o plantio devem ser compostos de calcário, cascalho, ardósia, granito e argila. Com estes obstáculos, a videira tem que se esticar mais e mais para atingir o lençol d’água. Com esta dificuldade e sofrimento, a planta oferece frutos especiais e de alta qualidade.
Com toda a complexidade que uma taça de vinho pode contar, destaco um país que consegue uma grande variedade única de uvas. Estou falando de Portugal, onde destaco hoje o Vinho do Porto e o Vinho Verde.
O Vinho do Porto, da região do Douro, uma das mais belas regiões portuguesas. Os vinhedos estão espalhos nas encostas e o rio corta as montanhas. Um vinho fortificado, ou seja, é adicionado água aguardente vínica, interrompendo a fermentação e aumentando o grau de açúcar, e concedendo uma característica de um vinho forte no teor alcoólico e muito doce. Uma bela harmonização com sobremesas.
No caso do Vinho Verde, estamos falando de um vinho com alta acidez e leve efervescência e com grande frescor. O nome deriva por ser um vinho que deve ser consumido jovem. Da região Entre-Douro-e-Minho o vinho pode ser branco ou tinto, um vinho único no mundo, que ganha a cada dia mais apreciadores.
Falar de vinhos portugueses é viajar num mundo de sabores de uvas nativas como: rabo-de-ovelha, azal-tinto, alvarinho, periquita, trajadura, entre outras.
Atualmente o vinho ganha mais adeptos. Estudiosos sobre o assunto, a cada dia, apresentam mais descobertas sobre a bebida.
Vinho é uma bebida milenar, fazendo parte ao longo da história, vem cativando o fascínio do homem de todas as épocas por sua complexidade e sabor.
Bete Carneiro
Consultora Gastronômica, que inicia a coluna “Mundo Gastronômico” falando sobre gastronomia e sua história, no Mundo Lusíada Online.
Site: http://www.doceepimentagastronomia.com.br/
Aguardo com ansiedade o artigo sobre o vinho Madeira que encantou a corte inglesa e esteve presente na Independência dos EUA.
Boa noite José Pedro, fico feliz em poder compartilhar assuntos como vinho, e estarei em breve escrevendo sobre o vinho Madeira, em especial por sua solicitação. Até breve.
Adorei a matéria estudo gastronomia e tive dificuldades em enologia, acompanho o trabalho da Chef Bete Carneiro e este texto esclareceu muitos pontos que tinha dúvida.
Oi querida Tabata, uma grande chef Garde Manger, agradeço seus elogios e fico feliz de poder ajudar com informações para a conclusão de seu curso.
Foi realmente esclarecedor.Adorei.
Agradeço o comentário e espero a cada matéria encantar mais. um abraço.
Chef Bete Carneiro, parabéns pelo brilhantismo de envolver três ingredientes: comida, bebida e historia. Comemos e bebemos muitas coisas e nem sequer sabemos a sua origem. Esta pitada de historia que aumenta o sabor de querer fazer, comer e beber.
Agradeço o carinho e fico feliz em contar com seu apoio.
Agradeço suas palavras e seu apoio.