Feira de alimentação em Lisboa cancela participantes da China e do norte de Itália

Da Redação
Com Lusa

A administração do SISAB, salão de alimentação e bebidas, que vai decorrer em março na capital portuguesa, cancelou a vinda de participantes da China e do norte da Itália para que não exista “o mínimo risco” de contágio com o novo coronavírus.

“Decidiu a administração do evento, depois de ouvir as entidades responsáveis, cancelar a vinda dos participantes provenientes da China e do norte da Itália, a fim de que o evento não comporte o mínimo risco e permita que as negociações decorram da melhor forma sem perturbações nem receios de qualquer espécie”, avançou, em comunicado, o SISAB.

Os responsáveis pela organização do certame indicaram que já foram registados alguns cancelamentos de participantes, porém, ressalvaram que o “número não é significativo”, pelo que o evento vai decorrer “nos moldes estabelecidos”.

Por outro lado, a administração do SISAB contactou a Direção Geral da Saúde (DGS) para avaliar os “eventuais riscos”, tendo, na sequência, apelado para que todos os participantes “cumpram as regras da etiqueta respiratória, de acordo com as instruções” que têm sido divulgadas.

De acordo com a informação disponível no ‘site’ do SISAB 2020, evento que vai decorrer entre 02 e 04 de março, entre os países compradores encontram-se o Canadá, Estados Unidos, México, Brasil, Angola, Egipto, Líbia, Rússia, China e Austrália.

Os compradores poderão visitar os 28 setores em exposição, como vinho, cutelaria, especiarias, embalagens, serviços financeiros, pescado, carne, frutas, azeite, laticínios e produtos dietéticos.

Para os dois dias do evento estão previstas degustações de produtos tradicionais do continente e das ilhas, uma ‘masterclass’ sobre vinhos, bem como apresentações de produtos.

Este salão deverá ainda contar com a visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, da ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque e do secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres.

O novo vírus, designado Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios.

Das pessoas infectadas, mais de 36 mil recuperaram.

Além de mais de 2.800 mortos na China, há registro de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão, com confirmação de infecção.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irã.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) destaca que o risco para a saúde pública mantém-se “moderado a elevado”.

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