Arquivo/Mundo Lusíada: Mesa natalina na Casa de Portugal de São Paulo.
Da Redação
Luzes, presentes e muita comida boa. Chega dezembro e, com ele, as expectativas de um evento conhecido internacionalmente: o Natal.
De acordo com um ranking do Cuponation, plataforma de descontos pertencente à alemã Global Savings Group, o Brasil aparece com uma das ceias de natal mais caras do mundo, seguido por Estados Unidos, França e Portugal. No topo da lista está a Holanda, seguida de perto pela Bélgica.
A plataforma compilou também as principais peculiaridades festivas em diferentes localidades. Para o ranking, foi cotado o preço do prato e da sobremesa que não podem faltar em cada uma das ceias. As quantidades consideradas servem de quatro a seis pessoas.
Austrália
O Natal na Austrália acontece, assim como no Brasil, durante o verão. Diferente das adaptações que fizemos em função do clima, os australianos participam do evento explorando as vantagens do calor. É bastante comum , na véspera, fazer piqueniques no campo ou na praia. Para compra de presentes, os australianos não se limitam aos shoppings; eles costumam frequentar “markets”, feiras ao ar livre que dão um toque especial à festividade. Um outro aspecto muito relevante no país é que a data é realmente celebrada no dia 25 (ou seja, não há contagem regressiva ou “véspera de Natal”.)
Sobre as comidas, é muito comum churrasco de camarões e pudim de ameixas de sobremesa. Convertendo o valor do dólar australiano para o real, o quilograma do camarão sairia por R$50,60 e o tradicional pudim por R$15,69, totalizando R$66,29.
Bélgica
Para os belgas, o ícone do Natal não é o famoso Papai Noel , mas São Nicolau. A tradição de presentes para os que se comportaram bem durante o ano é levada muito mais a sério. As crianças são “avaliadas”, além de serem instruídas a deixarem cenouras como presente à figura natalina que lhes presenteia no dia 6 de dezembro.
No cardápio belga um dos pratos tradicionais é o pato recheado que custa em torno de R$80. Já o docinho favorito no país é o “Kerststronk”, que é como se fosse um rocambole recheado com creme e custa em torno de R$150. Ou seja, o custo total seria de R$230.
Espanha
A tradição de virada do dia 24 para o 25 é celebrada pelos espanhóis acendendo uma vela para o Menino Jesus. No entanto, só no dia 6 de janeiro é que as crianças recebem seus presentes, uma vez que não é o bom velhinho quem supostamente os presenteia, mas os três reis magos.
Na ceia da Espanha, um dos pratos mais comuns é o peru, que custa em torno de R$25. Para o docinho de sobremesa, o custo também é bem em conta, uma vez que a tradição desde o começo do mês é o consumo de torrones que custam aproximadamente R$23.
Estados Unidos
Os filmes americanos não negam que as tradições natalinas são muito evidentes no país. A comemoração tem por costume um almoço no próprio dia 25 de dezembro e uma brincadeira que muito se aproxima do amigo secreto: o Elefante Branco. Além disso, os presentes já podem ser abertos na manhã da data festiva.
Quanto à ceia americana, o prato principal custa cerca de R$ 18 e é o peru natalino que se vê em grande parte das produções audiovisuais. Já para a sobremesa, os mais almejados são os Gingerbread cookies, que custam menos de R$50 e são semelhantes a biscoitos à base de gengibre.
França
Assim como no Ano Novo, os principais costumes dos franceses no Natal são troca de presentes, queima de madeira até a virada e a espera por presentes do Papai Noel, que em sua tradição tem um ajudante chamado Père Fouettard (na história, ele fica encarregado de informar ao velhinho o comportamento dos pequenos).
No cardápio francês, o peru é o prato principal e custa em torno de R$40. Já a sobremesa mais popular, o bûche del Noel, que é como um rocambole sabor creme e chocolate, custa aproximadamente R$60.
Holanda
Na Holanda, o Natal é comemorado no dia 6 de dezembro, dia de São Nicolau, quando há a troca de presentes. No conto holandês, o bom velhinho é chamado de Sinterklaas, vem num cavalo branco e é acompanhado por um ajudante chamado de Zwarte Pieten, que entre outras funções carrega livros com descrições de bons e maus atos das crianças.
Na mesa natalina holandesa, o prato principal é o Beef Wellington e custa em média R$200 e a sobremesa é bolo de amêndoa amarga que custa cerca de R$60.
Portugal
Os portugueses, no dia 25 de dezembro, fazem o Bolo Rei, dentro do qual o anfitrião guarda/esconde um presente e quem o encontra fica responsável por providenciar a receita no próximo ano. Além disso, em Portugal é comum que as famílias deixem espaços em aberto na mesa para almas perdidas.
No cardápio português o bacalhau, inevitavelmente, é o prato principal e custa cerca de R$35. Já a sobremesa é a mesma do Bolo Rei e custa em torno de R$33.
Alemanha
Na Alemanha, os costumes não variam muito. Uma peculiaridade é que quatro semanas antes do Natal, as famílias fazem a Coroa do Advento, a cada semana, uma vela é acesa. Além disso, a árvore é enfeitada com os “pfefferkuchen”, bolachinhas recobertas de glacê de cores variadas.
Quanto aos pratos da ceia, o mais comum é salsichas com purê de batata, um prato simples e barato que custa por volta de R$22. A sobremesa, por sua vez, é o Lebkuchen, um pequeno bolinho à base de amêndoas que custa em média R$13.
Japão
Os japoneses, em sua maioria budistas e xintoístas, não têm por costume celebrar a festividade natalina. No entanto, é comum que os jovens se encontrem em lanchonetes para comer bolo durante o Natal. Além disso, há uma espécie de escola para ensinar o “ho-ho-ho” perfeito.
Para jantar, é comum que se consuma frango assado, que custa em média R$75 o inteiro. Já o famoso bolo custa em torno de R$100.
Brasil
Como um país onde predominam católicos e cristãos, é de se esperar que a população dê muita importância ao Natal. Na véspera, realiza- se a ceia com itens como peru, chester, rabanada…
A comilança se estende para o dia seguinte num almoço em família. É válido ressaltar que, no Brasil, a história do bom velhinho é uma das tradições mais fortes.
Quanto ao cardápio, brasileiros têm como principal prato o peru, que custa em torno de R$60 (3 kg). Para a sobremesa tem-se uma ampla variedade, mas um destaque pode ser o pavê, que custa em média R$50.