Treinador português diz que futebol “só faz sentido com público”

Da Redação
Com Lusa

O treinador do Moreirense, Ricardo Soares, afirmou que o futebol é um desporto que “só faz sentido com público”, no âmbito dos jogos da I Liga portuguesa realizados à porta fechada devido à pandemia de covid-19.

O técnico realçou que a “saúde pública tem de estar sempre à frente do futebol”, mas lembrou que os estádios de futebol devem voltar a ter público o quanto antes, na véspera de a sua equipa realizar o primeiro jogo à porta fechada, no Estádio do Bessa (Porto), frente ao Boavista, às 21:15 de sábado, para a 25.ª jornada do campeonato.

“Há pessoas com mais assertividade para responderem a isso [hipótese do futebol voltar a ter público nesta época]. Se as pessoas tomaram essa atitude, é porque entendem que está em causa a saúde pública. Mas eu gostava de ver público nas bancadas. O futebol é uma coisa alegre e uma coisa positiva. No meu caso, o futebol é a minha vida. E também o é para mais gente. O futebol só faz sentido com público nas bancadas. Mas a saúde pública tem de estar sempre à frente do futebol”, disse numa videoconferência promovida pelo emblema ‘cônego’.

O treinador da formação vimaranense reconheceu que a ausência de espetadores no próximo jogo foi um dos aspetos trabalhados pelos jogadores durante a semana, até porque a “questão mental” do futebol está sempre ligada às componentes “física, técnica e tática”.

“São quatro componentes ligadas. O apoio exterior é, por vezes, determinante para se vencerem jogos. Estamos a ver equipas maiores com mais dificuldades em vencerem jogos [na 25.ª jornada]”, disse.

Para Ricardo Soares, quem melhor preparar o aspeto “motivacional” para um contexto de estádios sem público pode “estar em vantagem” para o que resta do campeonato, já que, na “questão física”, as equipes estão em “pé de igualdade”.

A I Liga portuguesa de futebol regressou quase três meses depois, para as últimas 10 jornadas sem público, uma dezena de substituições por jogo a partir, tudo indica, da ronda 27 e testes constantes à covid-19.

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