Técnico quer Portugal com “todas as forças” em estreia “muito complicada”

Da redação com Lusa

O técnico português de futebol, Fernando Santos, antecipou uma estreia “muito complicada” no Euro2020, mas assegurou que a equipe das ‘quinas’ vai “responder com todas as forças” ao “jogo forte” da Hungria, em Budapeste.

“Pela experiência que tenho da qualificação para o Mundial2018, espero um estádio cheio, com um ambiente fantástico, de apoio à equipa húngara. Vai ser um jogo muito complicado para Portugal”, começou por dizer o técnico, referindo-se à magra vitória da seleção portuguesa em 2017 (1-0), na capital magiar, na caminhada para o último Campeonato do Mundo.

Fernando Santos, que falava na antevisão da estreia no Grupo F do Campeonato da Europa, marcada para terça-feira, na Puskas Arena, referiu que Portugal vai ter de se apresentar “ao melhor nível” para fazer face à “organização, entrega ao jogo e paixão” dos húngaros.

“Se a Hungria for mais forte do que nós em termos de paixão e organização, vamos ter dificuldades. Acredito que a Hungria vai entrar muito forte, a jogar olhos nos olhos. Não vai jogar atrás, à espera do contra-ataque. Procura sempre sair a jogar a partir de trás, não bate bolas na frente. Temos de responder com todas as nossa forças”, salientou.

E prosseguiu na análise ao primeiro adversário no Euro2020, que se vai apresentar sem Dominik Szoboszlai, a grande figura da equipa magiar, que falha a competição, por lesão: “Tem um meio campo muito sólido, com muita qualidade, muito determinado, com dois jogadores que surgem muito bem na área do adversário. É uma equipa diferente da de 2017.”

Tal como em 2016, Portugal vai disputar a competição continental “assumindo a vontade de a ganhar”, embora agora ostentando o estatuto de detentor do troféu.

“Há uma clara diferença, mas Portugal apresenta-se aqui com a mesma confiança de assumir uma candidatura e de tudo fazer para chegar à vitória também aqui. No entanto, sabemos que há sete ou oito equipas com esse objetivo”, observou.

Numa Puskas Arena que poderá receber 100% da lotação e que terá as bancadas repletas de adeptos húngaros, está previsto que marquem presença cerca de 5.000 portugueses, para gáudio de Fernando Santos.

“Acredito que o número vai ser igual ou mais elevado do que em 2016. Em termos de presença de público, pelas contingências atuais, as pessoas têm algum receio. Mas sei que 11 milhões de portugueses vão estar com a equipa portuguesa, a apoiar e a vibrar. A minha equipa vai dar tudo o que tem para dar uma alegria aos portugueses”, concluiu.

CR7

O português Cristiano Ronaldo alertou hoje para a importância de ganhar o primeiro jogo no Euro2020 de futebol, e considera que, com estádios cheios, o cenário é “perfeito”.

“A equipe está bem, preparada e, por isso, o que mais desejo é entrar com o pé direito. Ganharmos o primeiro jogo é crucial nestas competições”, disse o avançado dos italianos da Juventus, em conferência remota, acrescentando que será “bonito” ter público nas bancadas do Puskás Arena.

Contar com a presença de 67.000 espectadores nas bancadas do palco do encontro, diante da anfitriã Hungria, é “perfeito” para a estreia dos lusos: “Todos os estádios deviam estar lotados, é bonito para o futebol, para os espetadores e lá para casa também. Adoro ver os estádios cheios e oxalá estivessem sempre assim”.

Portugal não entra a vencer numa fase final de um Europeu desde 2008, mas o capitão da equipe das ‘quinas’ considera que esse dado “não quer dizer nada”.

“Não quer dizer nada, na minha opinião. Se me disseram que amanhã [terça-feira] entramos a perder e ganhamos a competição no final, vou optar por essa opção. Sabemos que o plantel é jovem, mas isso não impede de pensar em grande, de ter horizontes grandes”, observou.

Ronaldo rejeitou fazer comparações com a equipa que venceu o torneio em 2016, preferindo falar no “potencial enorme” dos lusos e, por outro lado, salientar que “quem tem longevidade no futebol são aqueles que se adaptam melhor”.

“Vejo uma equipe com potencial enorme. Só no fim é que vamos ver se é melhor ou pior do que a de 2016. A nível pessoal, não sou o mesmo jogador que era. Vamo-nos adaptando, o jogo em si está diferente. Ficamos com mais capacidade, mais experiência e quem tem longevidade no futebol são aqueles que se adaptam melhor. A palavra é adaptação”, argumentou.

A continuidade na Juventus foi um tema que Ronaldo não quis desenvolver, garantindo que o “que vier, será bom”: “Já jogo a um alto nível há 18 anos. Acho que isso não me faz cócegas. Se eu tivesse 18 ou 19 anos acho que não dormia a pensar no meu futuro. O que vier, será bom. O importante agora é o foco na seleção. É o meu quinto Europeu, mas é como se fosse o primeiro”, declarou.

Portugal, que é o detentor do troféu, integra o grupo F do Euro2020, juntamente com Hungria, Alemanha e França, tendo estreia marcada na competição para terça-feira, diante dos húngaros, em Budapeste, a partir das 17:00 (hora de Lisboa).

Seguem-se os encontros com os germânicos, em 19 de junho, em Munique, e com os franceses, em 23 de junho, novamente na capital magiar.

O Euro2020, que foi adiado para este ano devido à pandemia de covid-19, decorre até 11 de julho, em 11 cidades de 11 países diferentes.

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