Rio de Janeiro será a sede das Olimpíadas de 2016

Da Redação

Ricardo Stuckert/PR

>> Genebra (Suíça) – O ministro do Esporte, Orlando Silva, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, defendem, em Genebra, a candidatura do Rio como sede das Olimpíadas de 2016.

Pela primeira vez na história dos jogos olímpicos, o Comitê Olímpico Internacional escolheu uma cidade da América do Sul para sediar o maior evento esportivo do mundo. Para o ministro dos Esportes, Orlando Silva, o Rio de Janeiro é o palco perfeito para a realização dos Jogos Olímpicos. “Hoje é um dia histórico para o Brasil e para o movimento olímpico mundial”, disse. “O nosso esforço agora estará concentrado em fazer da competição do Rio os melhores jogos já realizados no mundo”.

A vitória do Rio coroa o esforço da equipe brasileira, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apaixonado pelo esporte ele criou, em 2003, pela primeira vez, um ministério exclusivo para o setor. Com isso, colocou o país definitivamente na era dos grandes eventos esportivos internacionais. O Brasil realizou, em 2007 no Rio, uma edição histórica do Pan, além de trazer a Copa de 2014 e agora as Olimpíadas 2016, um feito inédito. “Depois que a gente passa por muita coisa, pensa que não vai mais ficar emocionado. Mas hoje foi um dia sagrado para mim. Se eu morresse agora, já teria valido a pena viver”, afirmou o presidente.

O ministro Orlando Silva sempre manifestou confiança no projeto carioca e na sua vocação como agente de transformação social. Ao lado do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes, trabalhou como articulador da união dos governos federal, estadual e municipal, além do empresariado. A integração entre as três esferas de governo foi amplamente reconhecida no relatório do COI que apontou no projeto do Rio, entre outros méritos, a consistência do planejamento de longo prazo para as propostas de infra-estrutura e para as ações de inclusão social. Segundo o ministério do Esporte, importante também foi o papel do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que organizou e conduziu todo o processo da candidatura do Rio.

A primeira cidade do Brasil e da América do Sul a sediar uma olimpíada sempre esteve bem posicionada nas apresentações de seu projeto ao Comitê Olímpico Internacional (COI). As concorrentes eram de peso. Das oito que iniciaram o pleito, Chicago (EUA), Madri (Espanha), Tóquio (Japão) e o Rio de Janeiro foram as quatro selecionadas para a fase final de escolha da sede, um processo que começou há quatro anos.

O Rio de Janeiro conquista a vitória para sediar as Olimpíadas de 2016 com o mérito de ter apresentado um dossiê de alta qualidade, que obteve grau máximo na avaliação do COI. A realização dos jogos no Rio de Janeiro implica em um inquestionável legado de desenvolvimento para a cidade e para o Brasil, com a transformação social, esportiva, urbana e econômica no Rio e a conseqüente geração de impactos positivos em todo o país, defende o governo federal. A escolha do Rio é também o reconhecimento do momento em que o Brasil vive, um cenário onde prevalece a estabilidade democrática, política e econômica.

As obras de infraestrutura essenciais ao sucesso do evento já constam de planos de ação da cidade e do país. Estudos indicam que os jogos vão gerar um impacto de R$ 90 bilhões na economia brasileira. Estes investimentos vão gerar, entre 2009 e 2016, mais de 120 mil empregos diretos e indiretos ao ano, e cerca de 130 mil, entre 2017 e 2027, ao ano. E 97% do investimento realizado para os jogos vão voltar aos cofres públicos por meio de arrecadação de impostos.

ImpostosOs ganhos do País com os Jogos ocorrem também na forma de arrecadação de impostos. O conjunto de investimentos geraria até 2027 uma arrecadação tributária adicional para os governos municipal, estadual e federal equivalente a 97% dos investimentos previstos para os Jogos. Em outras palavras, os investimentos na realização das Olimpíadas retornam aos cofres públicos ao longo do tempo, com a arrecadação tributária. Isso significa que o gasto público atuaria como um elemento indutor na forma de “adiantamento” e se “pagaria” em forma de impostos e taxas incidentes sobre o movimento adicional na dinâmica macroeconômica prevista.

Para o secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, coordenador do estudo, esse resultado demonstra que “não há contradição entre investir nos Jogos e investir em escolas, hospitais, postos policiais e outras necessidades da população, já que o retorno permite ao poder público realizar as Olimpíadas e atender às demandas sociais”. Ele acrescenta que “a função da política pública de investimento é exatamente alocar recursos onde existe a possibilidade de esta iniciativa gerar transformações socioeconômicas relevantes, que é o caso dos Jogos”.

Foram ainda identificados 55 setores da economia que mais poderão se beneficiar com a realização do megaevento. Entre eles, os setores com maior movimentação em virtude dos Jogos seriam: construção civil (10,5%), serviços imobiliários e aluguel (6,3%), serviços prestados a empresas (5,7%), petróleo e gás (5,1%), serviços de informação (5%) e transporte, armazenagem e correio (4,8%).

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