Portugal campeão europeu de futsal pela primeira vez

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa (C), acompanhado pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues (E), pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues (3D), e pelo presidente da federação portuguesa de futebol, Fernando Gomes (CD), durante a recepção da seleção portuguesa de Futsal no Palácio de Belém, em Lisboa, 11 de fevereiro de 2018. NUNO FOX/LUSA

Da Redação
Com Lusa

Portugal conquistou pela primeira vez o título de campeão europeu de futsal, em Ljubljana no sábado, ao vencer a Espanha por 3-2, após prolongamento na final do Europeu, com um gol de Bruno Coelho, de livre direto.

Ricardinho, logo no primeiro minuto, deu vantagem à equipe das ‘quinas’, reforçando o estatuto de melhor marcador em fases finais, com o seu 22.º gol, Tolrá, aos 19 minutos, e Lin, aos 32, assinaram os tentos da seleção espanhola, mas Bruno Coelho, aos 39, empatou.

No prolongamento, Bruno Coelho ‘bisou’, na conversão de um livre direto, no último minuto, assegurando o primeiro título de Portugal, que tinha como melhor desempenho na prova o segundo lugar, em 2010, quando perdeu o jogo decisivo frente à Espanha, por 4-2, na Hungria.

No dia 11, o Presidente da República recebeu a seleção portuguesa de futsal, salientando o rigor no trabalho sem o qual os gênios não chegam a lado algum.

“Humildade significa fazer e ganhar cada jogo com grande consistência e cada jogo é um recomeço como se não tivesse ficado nada para trás e, depois, aquilo de que se fala pouco – rigor no trabalho. Muitas vezes, temos a teoria de que basta um gênio ou talento sem trabalho para se chegar a um objetivo. Isso não existe. O mundo está cheio de gênios que não chegaram a sítio nenhum por falta de trabalho”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Rebelo de Sousa destacou que, recentemente, o país “viveu momentos de grande alegria e uniu-se, mas também momentos de profunda tristeza”, unindo-se igualmente, em referência às tragédias dos fogos florestais de 2017 e outras conquistas desportivas, e agradeceu aos jogadores portugueses por contribuírem no início de 2018 para o aumento da autoestima e do orgulho nacionais, definindo-os como “geniais!”.

O Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, descreveu a sua experiência de vida em termos de feitos desportivos, sublinhando que Portugal passou de nada ganhar até, “agora, nos momentos decisivos” triunfar, passando também pela fase em que tinha hipóteses, mas falhava sempre.

A Presidência da República anunciou, entretanto que os atletas e restante comitiva serão agraciados com a Ordem do Mérito, sendo as insígnias entregues no próximo mês de março, na Gala das Quinas de Ouro, organizada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

“Agora estamos a chegar àquela fase em que nos momentos decisivos ganhamos. É preciso ter uma preparação técnica, tática, mas também cultural, física e para a vitória. Não é qualquer grupo que consegue. Parabéns”, disse, desejando que este “hábito de ganhar qualquer coisa de importante todos os anos se prolongue, já este ano, no Mundial de futebol Rússia 2018.

O ministro da Educação confessou ter sido um praticante da modalidade na sua “meninice” num “enorme clube que se chama desporto escolar e também nos torneios associativos e municipais” e elogiou a “sagacidade, argúcia, astúcia e capacidade” da seleção das “quinas”.

“Ontem tive oportunidade de ver o jogo e de como o país vibrava de forma especial convosco. Todos nós fomos entendendo nos últimos anos que o futsal é um desporto de corpo inteiro – com a explosão do hóquei em patins, agressividade defensiva do andebol e taticismo do basquetebol -, e que cada um de vocês foi reinventando, ao longo da última década, o futsal a nível mundial.

O Presidente da FPF, Fernando Gomes, congratulou-se com o facto de se ter tornado um hábito diversas equipes merecerem honras de Estado, citando o futebol de praia, os sub-17 do futebol e a seleção principal de futebol, destacando que a FPF optou pela formação e não pela naturalização de jogadores estrangeiros como outras equipas.

“É um imenso gosto voltar aqui, a celebrar um título, mas que não vai diminuir a nossa ambição, que continuará a ser a de conquistar títulos e elevar o nome de Portugal como temos sabido”, afirmou.

O capitão da seleção portuguesa de futsal, Ricardinho, disse ser apenas “a cara deste grupo de trabalho, deste ‘staff’, que partiu de Rio Maior para a Eslovênia para tentar fazer história”.

“O futebol já o tinha feito em 2016 (campeões no Europeu França2016), mas nós tínhamos um sonho. O futsal tocou o céu. Começamos lá de baixo e hoje somos os senhores do futsal e muito orgulhosos de ser portugueses”, disse.

O melhor jogador do mundo e do torneio, Ricardinho, que se lesionou no decorrer da partida, deu vantagem à equipe das ‘quinas’. O espanhol Tolrá, aos 19 minutos, e Lin, aos 32, assinaram os tentos da seleção espanhola, mas Bruno Coelho, aos 39, empatou.

No prolongamento, Bruno Coelho ‘bisou’, na conversão de um livre direto, no último minuto, assegurando o primeiro título de Portugal, que tinha como melhor desempenho na prova o segundo lugar, em 2010, quando perdeu o jogo decisivo frente à Espanha, por 4-2, na Hungria.

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