Porto, o papa títulos da temporada

Por Emídio Tavares

De forma inédita, dois clubes portugueses, Porto e Braga, decidiram nesta quarta-feira, dia 18 de maio, em Dublin, na Irlanda, a Liga Europa de futebol. Braga, oriundo da Liga dos Campeões, onde após ficar em terceiro lugar na fase de grupos foi conduzido aos desseseiavos da Liga Europa; e Porto, que originariamente começou nela; chegaram a esta final após disputarem respectivamente 18 e 16 jogos; sendo que o time bracarense venceu 9 (sendo 3 pela Liga Europa); perdeu 6 (sendo 2 pela Liga Europa) e empatou 3 (sendo todos pela Liga Europa); e o time portista venceu 13 vezes, empatando apenas 1 e perdendo 2 partidas.

Foram disponibilizados 46 mil ingressos, dos 47 mil possíveis do Aviva Stadium sendo que 12 mil foram destinados ao Porto, 12 mil ao Braga, 12 mil para serem vendidos no local e 10 mil para a UEFA.

O arbitro da partida, Velasco Carballo, espanhol, teve atuação brilhante na primeira etapa; mas duvidosa na segunda, quando além de amarrar a partida com marcação de faltas vencidas, deixou de expulsar o jogador Sapunaru do Porto, perto dos 20 minutos, após este cometer falta sem bola, já tendo cartão amarelo.

O Porto começou a partida com Helton, Sapunaru, Otamendi, Rolando, Álvaro Pereira e Guarín; Fernando, João Moutinho, Hulk, Falcão e Silvestre Varela.

Já o Braga entrou com Artur Moraes, Miguel Garcia, Rodríguez, Paulão, Sílvio, Vandinho, Custódio, Alan, Hugo Viana, Paulo César e Lima.

O primeiro tempo foi todo do Porto, que dominou a partida, embora sem muitas oportunidades de gol; fazendo o Braga atuar mais no contra ataque. A 2 minutos do final da primeira etapa, Rodriguez (do Braga) deixou Guarin dominar a bola, descer livre pela direita (na tradicional jogada do Porto pela linha de fundo) e cruzar para a cabeçada certeira do artilheiro Falcão, abrindo o placar a favor do Porto.

Para a etapa final, Domingos Paciência resolveu ousar e sacou Rodriguez colocando Kaká; além de trocar Hugo Almeida por Mossoró, o que deu mais poder ofensivo ao Braga, durante os 15 minutos iniciais; tanto que logo há 1 minuto o brasileiro Mossoró perdeu o gol mais feito da partida, ao ficar sozinho com o goleiro Helton e chutar cruzado para a defesa com o pé direito do goleiro portista.

Posteriormente o Porto equilibrou a partida, tocando a bola de um lado para o outro e fazendo o tempo passar.

Paciência ainda tentou aumentar o poder de fogo, sacando Lima e fazendo entrar Meyong; com o que respondeu Villas Boas, sacando o lateral Guarin, e colocando o argentino Belluschi, que guarda mais a posição.

Perto dos 20 minutos, um lance polêmico da partida e que poderia ter mudado a sorte do jogo: Sapunaru, que já tinha amarelo, deu uma entrada sem bola num atacante do Braga, fazendo falta violenta, que foi assinalada, mas sem a punição com um novo amarelo e a consequente expulsão.

Os últimos 10 minutos foram marcados pelo desespero do Braga tentando concatenar jogadas de ataque; e pela tranquilidade do Porto, que soube valorizar o resultado, que lhe deu pela segunda vez o titulo de campeão da Liga Europa (na primeira conquista do Porto, a Liga Europa era denominada Taça UEFA); além dos títulos de Campeão Português invicto (27 vitorias e 3 empates); e um possível bicampeonato da Taça de Portugal se vencer neste domingo, dia 22, o V.Guimaraes, no Vale do Jamor.

Mas acima de tudo, a vitória foi do futebol português, que pela primeira vez colocou dois times numa decisão de Taça Européia, e consequente, com a campanha de ambas, já assegurou antecipadamente o primeiro lugar definitivo no ranking de clubes da UEFA, nesta temporada de 2010/2011.

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