Lisboa assiste a pior derrota europeia ao FC Barcelona

Da redação
Com Lusa

Nesta sexta-feira, o Bayern Munique impôs a pior derrota europeia ao FC Barcelona, ao vencer por uns ‘inacreditáveis’ 8-2 nos quartos de final da Liga dos Campeões de futebol, afirmando-se ainda mais como o principal candidato ao triunfo final.

No Estádio da Luz, o ‘cilindro’ bávaro não deu hipóteses aos catalães e colocou-se nas meias-finais, com gols de Thomas Muller (04 e 31 minutos), Ivan Perisic (21), Serge Gnabry (27), Joshua Kimmich (63), Robert Lewandowski (82) e Philippe Coutinho (85 e 89), tendo David Alaba (07), na própria baliza, e Luis Suárez (57) marcado para o ‘barça’.

Os jogadores do Barcelona deixaram Lisboa na manhã seguinte, e enfrentaram protestos no desembarque na Espanha, com cartazes que citando a “humilhação” para os adeptos.

Foi uma noite de pesadelo para o FC Barcelona, que sofreu pela primeira vez oito gols num encontro oficial desde 1946, quando perdeu 8-0 com o Sevilha na Taça do Rei, e teve a sua pior noite europeia, superando os 6-2 frente ao Valência, na Taça das Cidades com Feira de 1962.

O Bayern Munique é assim a única equipe já campeã europeia ainda em prova e procura o seu sexto título, depois das conquistas de 1974, 1975, 1976, 2001 e 2013, ficando à espera do adversário nas meias-finais, que sairá do confronto entre Manchester City e Lyon, no sábado, no Estádio José Alvalade.

Os bávaras mostraram-se sempre mais agressivos sobre a bola e nos confrontos diretos, sempre com alta intensidade, perante o FC Barcelona com grandes dificuldades de construir jogo a partir de trás, de pouco valendo a colocação de Arturo Vidal como terceiro homem no ataque e com missão de ajudar na luta de meio-campo.

O triunfo do Bayern Munique começou a ser construído bem cedo, com Muller, que parecia estar em todo lado, a combinar bem com Lewandowski, e a inaugurar o marcador logo aos quatro minutos, após uma excelente jogada coletiva dos bávaros.

O treinador do ‘barça’, Quique Setién, tinha dito na véspera que ter a bola podia ser decisivo e a verdade é que o conjunto espanhol raramente conseguiu ter posse de qualidade, sendo muitas vezes obrigado a procurar o jogo em profundidade.

Acabou por ser num lançamento longo para Jordi Alba – num lance tantas vezes ensaiado pelos catalães –, que o FC Barcelona chegou ao empate, com o lateral a cruzar e David Alaba, na tentativa de impedir a bola de chegar a Luis Suárez, a colocar na própria baliza.

Após o golo, o FC Barcelona teve o seu melhor momento na partida e criou duas boas oportunidades de golo aos nove minutos, primeiro com Suárez, isolado por Nelson Semedo, a atirar contra Manuel Neuer, e depois com Messi a fazer embater a bola no poste, num cruzamento a que ninguém chegou.

O descalabro catalão recomeçou aos 21 minutos, num erro de Sergi Roberto, que perdeu a bola para Gnabry e o extremo lançou Perisic, que, com um remate forte, recolocou o Bayern em vantagem.

Já depois de Ter Stegen ter evitado o golo a Lewandowski, o guarda-redes do FC Barcelona nada podia fazer, quando Gnabry surgiu isolado na área por um grande passe de Goretzka e fez o 3-1.

A defesa e o meio-campo do FC Barcelona estavam completamente fora do jogo e apenas Ter Stegen ia evitando males maiores, mas foi novamente incapaz de parar um desvio de Muller na pequena área, após cruzamento de Kimmich.

Com o 4-1 aos 31 minutos, o Bayern bateu o seu próprio recorde de velocidade para chegar aos quatro golos num encontro a eliminar, que era de 36 minutos, frente ao FC Porto em 2014/15.

Na segunda parte, com o FC Barcelona sem ideias para mudar o rumo dos acontecimentos, o Bayern ia tentando explorar as costas das defesas dos catalães, e Perisic e Goretzka desperdiçaram boas ocasiões.

Da única forma que conseguiu desestabilizar a defesa do Bayern – com lançamentos para Alba -, o FC Barcelona conseguiu reduzir, com o lateral a lançar Suárez, que, magistralmente, tirou Boateng da frente e rematou para o 4-2, aos 57 minutos.

Contudo, a esperança dos ‘culés’ durou apenas seis minutos, pois uma incrível arrancada, em que deixou Vidal e Nelson Semedo para trás, Alphonso Davies assistiu Kimmich para um golo fácil.

O lateral português teve um regresso para esquecer à Luz, onde se formou, e aos 68 minutos quase que oferecia o 6-2 ao Bayern, quando perdeu uma bola para Lewandowski na área, valendo Alba a evitar o golo a Kingsley Coman, que tinha acabado de entrar. Na sequência do canto, foi Ter Stegen a não permitir o golo de Gnabry.

Emprestado pelo FC Barcelona ao Bayern, Philippe Coutinho foi decisivo nos três últimos golos, primeiro, aos 82, ao assistir Lewandowski, para cimentar o estatuto de melhor marcador da prova com o seu 14.º golo.

Depois, aos 85 e 89 minutos, aproveitando o completo desnorte dos catalães, o brasileiro fez dois golos fáceis e colocou o resultado num inesquecível 8-2.

O Bayern Munique, que venceu os nove encontros na ‘Champions’ não perde qualquer encontro desde 07 de dezembro de 2018 e, desde então, soma 27 vitórias e apenas um empate.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: