Por Emídio Tavares
A Federação Portuguesa de Futebol, para permitir que seu campeonato na superliga voltasse à normalidade, invocou a justiça comum o chamado “interesse público”, para com isso dar seguimento aos jogos até então bloqueados; e obteve sucesso.
Com isso, foram agendados os jogos do Belenenses, na superliga (no caso, contra o V.Setúbal); e do Gil Vicente na liga de honra (contra o Feirense, partida a qual os gilistas não compareceram, e sequer abriram as portas do estádio, fazendo com que o time de Santa Maria da Feira e arbitro designado para a partida aguardassem os 60 minutos regulamentares no estacionamento).
Mesmo assim o time de Barcelos recorreu, alegando a inconsistência na invocação do “interesse público”; e ainda reforçado pela decisão da Assembléia Geral de seus associados, que deu carta branca ao presidente Antonio Fiúza, para fazer o que julgar melhor pela equipe gilista; inclusive ate recorrer ao Tribunal de Justiça das Comunidades Européias. Alem disto, Antonio Fiúza também apelou a Policia Judiciária pedindo a investigação de suposta corrupção por parte dos responsáveis pela FPF, visando beneficiar o Belenenses, e conseqüente demissão dos mesmos, caso se confirme a denuncia.
Por outro lado, inúmeros associados estão fazendo doações em contas bancárias, para dar provimento aos gastos na esfera civil; alem de também até levantarem a hipótese de se criar uma equipe com nova denominação, caso o time seja, em ultima estância, severamente punido pela FIFA.
Alguns órgãos da imprensa portuguesa levantaram a hipótese de Antonio Fiúza retirar a ação dos tribunais civis, caso o time de Barcelos seja regiamente recompensado financeiramente pela FPF, para com isso bancar o prejuízo com queda de divisão e ou punição mais severa, tal como aconteceu com a Juventus da Itália.