Numa das mais conturbadas e prolongadas brigas a nível do famoso “tapetão”, finalmente o time do Gil Vicente de Barcelos resolveu ceder a todas as decisões em contrário, e voltar à disputa do campeonato português, só que na liga de honra, para a qual foi rebaixado pelo famoso caso “Matheus”.
A decisão final foi tomada devido ao fato de o Tribunal Administrativo de Lisboa ter indeferido pedido do time gilista, que pleiteava, até julgado o mérito final da questão em relação à contestação do interesse público alegado pela federação portuguesa de futebol, manter-se na superliga de futebol, em detrimento do Belenenses. Contudo, embora indeferindo este pedido, o Tribunal ainda não se manifestou com relação ao âmago da questão base do processo, o que ainda abre brechas para novos recursos do Gil Vicente.
Mesmo assim, os dirigentes de Barcelos terão inúmeras dificuldades para colocar a equipe em campo ao longo deste campeonato, visto que ao começo desta semana começaram a chegar, via correio, algumas cartas rescisórias de contrato dos seus atletas, enviadas com embasamento jurídico pela inadimplência de mais de 90 dias nos salários.
De qualquer forma, mesmo que o Tribunal não se pronunciasse esta semana, boatos davam conta que a equipe entraria em campo, de qualquer forma, na quarta rodada, visto que a lei desportiva determina que a ausência consecutiva em 4 ou mais jogos (ou alternada em 6), rebaixa automaticamente a equipe, além de a mesma ser passível ainda de uma suspensão em todas as suas atividades futebolísticas, de 1 a 5 anos; penalidade esta já em vigor às demais categorias de base do time de Barcelos, que já reivindicou junto a FPF o perdão para as mesmas, tendo resposta afirmativa, mas condicionada a que os gilistas não interponham novos recursos às decisões do Tribunal.